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Polícia

Bandidos usam tecnologia em novos golpes contra famílias e aposentados

Vídeos falsos e até roubo de biometria estão entre as táticas utilizadas por criminosos


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Imagem ilustrativa da imagem Bandidos usam tecnologia em novos golpes contra famílias e aposentados
Bandidos têm utilizado a tecnologia disponível em aparelhos como smartphones e computadores para aplicar golpes |  Foto: Canva

Enquanto a Inteligência Artificial se populariza, criminosos também têm usado a ferramenta para aplicar golpes mais sofisticados e até realistas, com vídeos falsos e até “roubo” de biometria de vítimas.

Entre as modalidades que têm chamado a atenção estão as chamadas “deepfakes”, em que criminosos usam a voz e até vídeos se passando por pessoas para pedir dinheiro a familiares delas.

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As vozes também simulam centrais telefônicas de instituições financeiras, direcionando às vítimas centrais de relacionamento falsas.

Outro golpe recente é o da “falsa prova de vida”, em que os criminosos se passam por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e solicitam dados pessoais, incluindo fotos, de aposentados e beneficiários.

De posse das informações e dados da biometria facial, eles conseguem realizar empréstimos consignados junto a financeiras em nome dos aposentados.

O consultor de tecnologia da informação Eduardo Pinheiro destacou que a popularização da inteligência artificial para a criação de deepfakes representa um risco crescente para a segurança digital e a confiança pública.

“A medida que essas tecnologias se tornam mais acessíveis, os criminosos podem utilizar vídeos e áudios falsos extremamente realistas para enganar pessoas e até empresas, aumentando a eficácia dos golpes. Isso pode gerar um cenário em que os fraudadores não só ampliem a quantidade de ataques, mas também dificultem a identificação de fraudes”.

Quanto ao furto e o uso indevido de biometria, ele destacou que já é uma realidade preocupante, e a tendência é que esse tipo de crime cresça à medida que mais serviços adotam a tecnologia.

“A biometria, considerada uma tecnologia segura, pode se tornar porta de entrada para fraudes quando combinada com dados roubados ou vazados”.

O perito em crimes digitais, Wanderson Castilho, destacou que a biometria, seja de dedo, olhos, face ou voz, são seguras. “No entanto, nesses casos, as vítimas acabam caindo nos contos de um estelionato, que é nada mais do que uma mentira para manipular vítimas”.

"Conscientização é essencial"

Diante de crimes virtuais crescentes, especialistas destacam a necessidade das pessoas redobrarem a atenção.

Eles ainda apontam que o volume de crimes e tentativas de golpes hoje é um desafio para tanto as forças de segurança, quanto para as empresas que tentam criar mecanismos para proteger seus sistemas e clientes.

O perito em crimes digitais, Wanderson Castilho, explicou que um dos pontos de atenção é a vulnerabilidade da vítima, que muitas vezes desconhece a manipulação do estelionatário. “Quanto mais se desconhece, mais fácil é cair em um golpe”, disse.

Outro ponto é o excesso de casos registrados, assim como a falta de legislações específicas voltadas para esses crimes.

Para o consultor de tecnologia da informação Eduardo Pinheiro, a conscientização é a melhor defesa contra os golpes praticados com uso de IA e biometria.

“Para frear esse crescimento, é essencial que sejam realizadas campanhas de informação e conscientização em larga escala, voltadas para alertar a população sobre os riscos e as formas de proteção. Grupos mais vulneráveis, como crianças, adolescentes e idosos, precisam ser orientados sobre como proteger suas informações biométricas e reconhecer sinais de golpes”, explicou.

Imagem ilustrativa da imagem Bandidos usam tecnologia em novos golpes contra famílias e aposentados
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Novos golpes

“Deepfakes”

Os deepfakes são imagens criadas com o uso de tecnologias de inteligência artificial (IA) que permitem a sobreposição de rostos e vozes em vídeos.

Além disso, essa prática é capaz de sincronizar os movimentos dos lábios e expressões faciais, fazendo com que a imagem se assemelhe muito a uma pessoa real.

Para conseguir se passar por outras pessoas, os golpistas precisam de uma “amostra” da voz da vítima – que pode ser obtida em ligação –, além de fotos de redes sociais.

A partir desse tipo de tecnologia, criminosos enviam áudios ou até vídeos em que imitam a voz e até a aparência de pessoas por mensagens no celular.

É dessa forma que os golpistas entram em contato com familiares, solicitando valores, sempre em tom de “urgência” para que as vítimas não possam pensar muito.

Como se proteger

É preciso desconfiar toda vez que valores são solicitados e criar um mecanismo de validação para verificar, se é de fato, a pessoa que alega ser.

O uso de palavras chaves ou senhas estabelecidas entre familiares pode ser uma solução para servir como uma segunda camada de proteção. Não basta ver vídeo ou ouvir um áudio de uma pessoa, será preciso um segundo meio de confirmação.

Falsa prova de vida

Criminosos têm se passado por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apresentando crachás falsos e solicitando dados pessoais, incluindo fotos, de beneficiários.

De posse das informações, incluindo da biometria facial, os criminosos conseguem realizar outras fraudes e ainda contratar empréstimos consignados em nome das vítimas.

O INSS, no entanto, vem esclarecendo que não está realizando pesquisas externas para a prova de vida.

Como se proteger

O INSS vem informando que não está fazendo esse tipo de ação nas residências das pessoas. Orienta que, caso o beneficiário receba uma visita desse tipo, não atenda ou forneça quaisquer informações ou documentos.

Compra ou pedido não realizado

Outra situação que têm sido registrada no País é a de falsos entregadores, que pedem a biometria facial de aposentados, alegando que é necessária para registrar a devolução de uma mercadoria que nunca foi solicitada.

Com a biometria capturada, eles conseguem solicitar empréstimos consignados em nome da vítima.

Como se proteger

Não compartilhe dados pessoais e informações como CPF, número do benefício, senhas por telefone ou e-mail se não conhecer a pessoa.

Desconfie sempre que muitos dados forem solicitados.

Fonte: Especialistas consultados.


Análise

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Leandro Batista da Silva, advogado especialista em Direito Digital |  Foto: Divulgação

“Se aproveitam de dados vazados”

“Golpistas sempre estão buscando artifícios para burlar a segurança dos sistemas. Nesse cenário, o elo mais fraco é sempre o usuário que, muitas vezes pelo seu comportamento de risco ou de forma inadvertida, acaba facilitando a ação de criminosos.

As vítimas em potencial são pessoas que tem pouco conhecimento de como tratar as novas tecnologias de forma segura. No entanto, todos precisam estar atentos a possíveis fraudes, já que golpistas se aproveitam de dados vazados.

Os golpes, de qualquer forma, têm levado a uma verdadeira corrida tecnológica pelo aperfeiçoamento dos sistemas de contratação e segurança de dados”.

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