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Polícia

Acusado pela morte de PM cometeu outro homicídio horas antes do crime, diz polícia

Guilherme Ribeiro foi preso no Rio de Janeiro pela morte do sargento Magno Colatti


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Imagem ilustrativa da imagem Acusado pela morte de PM cometeu outro homicídio horas antes do crime, diz polícia
Guilherme Ribeiro (destaque) também foi denunciado pelo homicídio do sargento da Polícia Militar Magno Colatti |  Foto: Reprodução/TV Tribuna e Divulgação/PCES

A investigação de um homicídio no bairro Vale do Sol, em Viana, apontou uma ligação entre a autoria do crime e do assassinato do sargento da Polícia Militar Magno Colatti. De acordo com a Polícia Civil, um dos envolvidos na morte do militar teria participação nos dois assassinatos — que foram cometidos no mesmo dia, com horas de intervalo.

Lazáro Gomes Rangel, de 23 anos, foi morto no dia 4 de julho, por volta das 8h40, em Viana. O crime, de acordo com as investigações, foi praticado por dois homens, que foram até a casa da vítima em uma motocicleta e a executaram com tiros de uma pistola calibre 9mm.

“Com o auxílio de câmeras de vídeomonitoramento e ferramentas de inteligência, os investigadores conseguiram identificar o passageiro da motocicleta como sendo Josicleiton da Silva Rosa, de 19 anos. Ele foi capturado pela DHPP de Viana, com informações repassadas pela DHPP de Cariacica, na Unidade de Pronto Atendimento de Viana Sede, no dia 29 de julho de 2024, onde havia dado entrada fornecendo um nome falso”, explicou o chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Viana, delegado Demétrius Vilar.

Josicleiton ficou internado por cerca de um mês e, após receber alta, foi interrogado sobre o crime. Segundo a polícia, durante o depoimento, ele revelou que o condutor da motocicleta e autor dos disparos era Guilherme Augusto Rodrigues Gomes Ribeiro, conhecido como "Guilherminho", de 18 anos. O crime teria sido motivado por uma agressão sofrida por Guilherme há alguns anos, supostamente realizada pela vítima.

Guilherme Ribeiro também foi denunciado pelo homicídio do sargento da Polícia Militar Magno Colati, ocorrido no Bairro Mucuri, município de Cariacica, também no dia 4 de julho deste ano. O assassinato do policial militar ocorreu por volta das 16h40, horas após o homicídio de Lazáro Gomes Rangel.

Guilherme Ribeiro completou 18 anos em fevereiro e também é suspeito de uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) ocorrido no município da Serra e de um roubo na cidade de Marechal Floriano. Os dois suspeitos estão presos, sendo que Guilherme Ribeiro foi preso no dia 28 de agosto na região de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, em uma operação conjunta entre as forças militares capixaba e carioca. 

Na ocasião, o comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Douglas Caus, disse em coletiva de imprensa que o suspeito teria dois mandados de prisão, um pela morte do sargento e outro por roubo. Além disso, teria também antecedentes por tráfico de drogas e posse de arma de fogo.

Relembre o caso

O sargento da Polícia Militar Magno Colatti foi baleado no dia 04 de julho, no bairro Mucuri, em Cariacica. Segundo informações da TV Tribuna, ele foi atingido por cinco tiros que atingiram a virilha, abdômen e costas, e não resistiu aos ferimentos.

Magno Colatti estava com o primo em uma rua do município quando foi abordado por um suspeito que seria traficante da região. O homem ordenou que o primo abaixasse os vidros do carro e neste momento visualizou que Colatti estava com uma arma na cintura. Ele chamou outros envolvidos e iniciou uma discussão com o sargento, que culminou nos disparos.

Magno Colatti chegou a ser socorrido por um helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer) para o Pronto Atendimento de Arlindo Villaschi, em Viana, mas a morte foi confirmada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

O autor do disparo foi identificado um dia após o crime. Marcelo Wesley Alves da Silva, conhecido também como "Pitchula" começou a ser procurado e segue foragido, fazendo parte da lista de criminosos mais procurados do Espírito Santo.

Magno era morador de Cariacica e há mais de 20 anos trabalhava como policial. Segundo o capitão Amorim, o sargento começou trabalhando na comarca da cidade onde morava, mas atualmente estava situado no município de Serra. Ele era casado, pai de três filhos, e havia descoberto há pouco que a esposa está grávida de mais um bebê.

Amorim afirmou não acreditar na hipótese de que Magno foi vítima de latrocínio. O sargento estava a caminho da casa do primo quando foi abordado pelos autores do crime. "Eles reconheceram ele. Um suspeito chegou de moto, fez a abordagem perguntando quem eram ele e o primo. Eles disseram que eram moradores, mas o suspeito ligou para um outro que já chegou atirando, de forma covarde, dando cinco tiros nele".

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