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Política

Ludmila Outtes defende gestão pública na saúde e critica terceirização

Segundo a prefeiturável, as organizações sociais que gerenciam hospitais e UPAs em Pernambuco há 15 anos não trouxeram resultados esperados


Imagem ilustrativa da imagem Ludmila Outtes defende gestão pública na saúde e critica terceirização
Ludmila é enfermeira e presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE

A candidata à Prefeitura do Recife, Ludmila Outtes, do Partido Unidade Popular, defendeu enfaticamente a gestão pública dos serviços de saúde durante uma entrevista à TV Tribuna.

Enfermeira e presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco, Ludmila criticou a terceirização da administração dos serviços de saúde, argumentando que essa prática repassa recursos públicos para empresas privadas sem melhorar a qualidade dos serviços prestados.

Ludmila foi a terceira entrevistada na 1ª edição do Jornal da Tribuna, com sabatinas feitas pelo apresentador Moab Augusto e pelo diretor de jornalismo da TV Tribuna, Fernando Rêgo Barros. Ela falou sobre suas propostas durante 15 minutos, o mesmo tempo destinado a outros concorrentes.

"Solução não está em privatizar", diz candidata

Imagem ilustrativa da imagem Ludmila Outtes defende gestão pública na saúde e critica terceirização
Segundo candidata, organizações sociais não melhoram a gestão das unidades de saúde |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE

Ludmila destacou que o problema central do Sistema Único de Saúde (SUS) é a falta de financiamento adequado, e que a solução não está em privatizar ou entregar a gestão a entidades privadas.

"O grande problema do nosso SUS é que ele é pouco financiado. Pouco é investido de recursos no nosso Sistema Único de Saúde”, afirmou.

Segundo candidata, organizações sociais não melhoram a gestão das unidades de saúde.

Ela explicou que, na prática, a terceirização tem levado a um maior gasto público, sem uma melhoria correspondente nos serviços.

Ludmila citou o exemplo do Hospital da Criança, que está sendo construído com recursos da Prefeitura do Recife, mas cuja gestão será entregue a uma empresa privada.

"Então a prefeitura está investindo na construção do hospital, na sua montagem, então vai colocar todos os equipamentos. Depois de tudo construído, vai pegar o prédio e entregar para uma empresa privada gerenciar, inclusive com os recursos da prefeitura", criticou a candidata.

Exames em empresas privadas ao preço de dois tomógrafos

Além disso, Ludmila apontou que as parcerias público-privadas e as organizações sociais que gerenciam hospitais e UPAs em Pernambuco há 15 anos não trouxeram os resultados esperados.

"O serviço não é melhor, quando comparado aos hospitais que são administrados diretamente pelo estado, e eles pegam uma parcela maior do orçamento", destacou.

Ela também questionou a eficácia dessas parcerias, citando casos, inclusive do estado, em que recursos públicos poderiam ter sido melhor utilizados.

“O Hospital da Restauração tem um tomógrafo que passou seis meses quebrado. E qual foi a política do governo do estado? Foi transferido os pacientes do hospital para uma clínica privada para fazer a realização desses exames. O que o estado gastou para realizar esses exames nos pacientes durante todo esse período dava para comprar, pelo menos, mais dois tomógrafos novos”.

A candidata reafirmou seu compromisso com um SUS 100% público, gratuito e de qualidade.

"A gente defende o Sistema Único de Saúde como está na Constituição, 100% público, gratuito e de qualidade", afirmou.

Violência relacionada com causas sociais

Imagem ilustrativa da imagem Ludmila Outtes defende gestão pública na saúde e critica terceirização
Ludmila Outtes apresentou uma visão crítica sobre a segurança pública, propondo soluções que vão além do simples reforço policia |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE

Ludmila Outtes apresentou uma visão crítica sobre a segurança pública, propondo soluções que vão além do simples reforço policial. Ela destacou que a segurança está intimamente ligada à falta de investimento em áreas sociais essenciais.

"A pessoa não tem acesso a um emprego de qualidade, a um salário digno, a pessoa passa fome e, para sobreviver, ela recorre ao mundo do crime", explica.

Ludmila defende que é necessário abordar as causas estruturais da violência, e não apenas seus sintomas.

"A gente não combate uma dor de cabeça somente com a analgégico. A gente precisa descobrir o que está causando a dor de cabeça e combater a raiz do problema", afirma. Para ela, a raiz da violência é o sistema capitalista que perpetua desigualdades e falta de oportunidades.

A candidata faz críticas à proposta de armamento da Guarda Municipal. "Não resolve a gente armar a Guarda Municipal. No HR, recentemente, a gente teve um vigilante que foi assassinado com sua própria arma. Então, isso não traz segurança nem para o trabalhador, nem para a população", destaca.

Ludmila argumenta que a violência não é resolvida com mais armas, mas com uma abordagem mais profunda das causas sociais.

Ludmila propõe um modelo de segurança que se afaste da militarização, inspirando-se em exemplos internacionais onde a polícia é desarmada, pelo menos com armas letais, e opera com métodos não letais. Ela acredita que essas abordagens podem ser eficazes na redução da violência, respeitando os direitos humanos e promovendo a segurança de forma mais justa.

Para candidata, creches também foram privatizadas

Na área da educação, Outtes denunciou a privatização das creches municipais e a falta de investimento na rede pública de ensino.

“A educação pública sofre do mesmo mal da nossa saúde, falta de investimento. A gente precisa parar de pegar o dinheiro do povo e dar nas mãos dos grandes empresários. Inclusive, o que a Prefeitura do Recife tem feito nesses últimos tempos é isso, privatizar também as nossas creches. As últimas creches que foram construídas nessa gestão foram todas entregues para iniciativa privada", enfatizou.

Convite ao engajamento político

Ludmila Outtes se apresenta como uma candidata comprometida com a justiça social, saúde pública de qualidade e a defesa dos direitos dos trabalhadores, prometendo lutar contra a privatização dos serviços essenciais e garantir uma gestão transparente e voltada para o bem comum.

Ludmila Outtes concluiu a entrevista com um apelo ao eleitorado, especialmente às mulheres, para que se envolvam na política e ajudem a construir um novo modelo de governança na cidade.

"Eu convido a todos e todas para conhecer a Unidade Popular. Precisamos ocupar esse lugar de política, porque o nosso lugar é decidindo a vida do nosso povo", declarou.

A candidata segue sua campanha defendendo uma administração pública voltada para o fortalecimento do SUS, a garantia de direitos sociais básicos, como saúde e educação de qualidade, e a promoção da segurança alimentar através da produção local para todos.

Veja, abaixo, entrevistas de Tecio Teles e Dani Portela


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