Revolta: casa onde Esther morreu foi destruída e família de um dos réus é ameaçada
Ex-mulher de um dos réus e sua filha estão sendo ameaçadas de morte, mas o crime ainda não está completamente esclarecido
Com informações de Marwyn Barbosa
A casa onde a pequena Esther Isabelly, 4 anos, foi encontrada, dentro de uma cacimba, foi totalmente destruída, embora ela não pertencesse aos réus Fernando Santos de Brito, 31 anos, e Fabiano Rodrigues de Lima, 28 anos.
Ambos foram presos por suspeita de ocultação de cadáver (veja penas abaixo). Importante lembrar que ainda não foi provado que eles participaram da morte da criança, embora a polícia diga haver indícios fortíssimos de que eles participaram da morte. O crime ocorreu no município de São Lourenço da Mata, na comunidade Ettore Labanca, no bairro do Pixete depois de Esther ser sequestrada. O caso tem gerado muita comoção em Pernambuco
Família de um dos réus é ameaçada de morte
A ex-mulher de Fernando e a filha dele, de apenas 16 anos, também estão sendo ameaçadas de morte. A ex-mulher, inclusive, já foi ouvida durante as investigações e liberada. Ela foi acusada por Fernando e Fabiano, especialmente este último, de limpar o imóvel e de participar do crime. Sendo que a polícia a liberou.
Ela chegou a contar ao repórter Marwyn Barbosa que também participou das buscas da criança no dia em que ela sumiu, em 21 de outubro, feriado dos comerciários. Chegou a entrar na casa com outros moradores e olhou a cacimba à noite, com lanternas.
Embora Fabiano tenha dito aos populares que estavam nas buscas que nenhuma criança havia entrado na propriedade, a ex-mulher garantiu que buscas foram feitas do lado de fora do imóvel, porque se imaginava que criança poderia ter caído sozinha na cacimba, já que a tampa estava aberta. Fabiano deixou que olhassem a cacimba, mas não permitiu que ninguém entrasse na residência.
A ex-mulher de um dos réus afirmou que tem provas de que não participou da limpeza da casa e que, quando chegou ao local, o imóvel já estava limpo e com objetos sendo queimados. Segundo ela, apenas se juntou às buscas pela menina, reforçando que todas as mães da comunidade estavam tentando encontrá-la. O nome da mulher não foi revelado por questões de segurança.
Cacimba aberta
“A tua cacimba está aberta, ela pode ter entrado aí e caído na cacimba. Foi isso que a gente falou. Aí ele fez: ‘oxe, entrou menina nenhuma aqui não’. Aí, por via das dúvidas, a gente falou: bora olhar a cacimba. Eu e o pessoal que estava comigo, a gente entrou, olhou a cacimba com lanterna, que como todo mundo estava fazendo, com a lanterna acesa e procurando no escuro, que era noite. Aí, a gente viu, só que naquele meio tempo, que o fogo já estava pegando”, relatou à ex=mulher.
As ameaças foram divulgadas no Brasil Urgente, com exclusividade, e no JT1 desta tarde, 23, no mesmo dia em que familiares de Esther estão sendo ouvidos pela polícia. Há informações divulgadas nas redes sociais - não confirmadas (importante ressaltar) - que Fernando era uma das pessoas que estava bebendo com a mãe de Esther, no mesmo dia do seu sumiço, dia 21 de outubro, feriado do dia dos comerciários. Em outro veículo de comunicação, no Diario de Pernambuco, há informações de que a ex-mulher nega ter entrado no imóvel durante as buscas.
Ameaças também atingem adolescente
Durante as buscas feitas no dia 21, a criança, até então, não estava na cacimba. Só foi encontrada neste lugar no dia seguinte (22). No dia em que a menina foi encontrada, a tampa do reservatório de água, que tem 3,7 metros de profundidade, estava fechada, diferentemente do dia anterior. Pesava cerca de 10 quilos.
Criada por Fernando, a adolescente, de 16 anos, disse que estava sendo ameaçada porque, no início, começou a defendê-lo, uma vez que ela ajudou a criá-la.
“Falaram que se eu não tivesse onde ele (Fernando) estava, eu ia me f…Aí, foi quando eu falei que ele não tinha culpa, que ele nunca fez nada comigo. Até outras pessoas daqui eram acostumadas a deixar o filho ir para a rua com ele de carroça para ele catar reciclagem”, pontuou a adolescente.
Traumatismo cranioencefálico
Ainda não se sabe a linha do tempo da morte de Esther, que, segundo apurações da TV Tribuna, morreu com traumatismo cranioencefálico, nem a hora. Infelizmente, a garotinha sofreu muito antes de falecer. Ela levou pancadas na cabeça, teve o rosto cortado e, possivelmente, sofreu abuso sexual, uma vez que foi localizada sem a parte de baixo da roupa. Foi um crime bárbaro. Também há indícios de rituais macabros durante a morte da menina.
A destruição da casa e a vontade de fazer justiça com as próprias mãos pode levar à morte de inocentes, importante ressaltar. Por isso a importância de esperar a conclusão das investigações. Já houve prejuízo, por exemplo, quando a polícia voltou à residência para utilizar luminol e achar vestígios de sangue por conta da destruição da casa.
A polícia civil segue investigando o caso. A participação de outras pessoas no crime ainda não está descartada.
Pena pequena para ocultação de cadáver
De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de ocultação de cadáver está previsto no artigo 211 e prevê reclusão de 1 a 3 anos. A legislação considera crime esconder ou dispor de um corpo ou parte dele com a finalidade de ocultar outro crime, independentemente de ter participado da morte.
A pena pode ser aumentada se houver circunstâncias agravantes, como a associação do ato a homicídio ou outros delitos graves, como abuso sexual, tornando o enquadramento legal ainda mais rigoroso nos casos investigados pela polícia.
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