Justiça decreta prisão de suspeitos por ocultar corpo da menina Esther Isabelly
Um dos acusados chegou a participar de protesto após o desaparecimento da criança
Colaboração de Rafaella Pimentel
A Justiça decretou, nesta quarta-feira (22), a prisão preventiva de dois homens suspeitos de envolvimento na morte da menina Esther Isabelly, de 4 anos. O corpo dela foi encontrado dentro de uma cacimba, na comunidade Etore Labanca, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.
Os suspeitos são Fernando Santos de Brito, 31 anos, e Fabiano Rodrigues de Lima, 28. Os dois foram presos por ocultação de cadáver, mas a polícia afirma que há fortes indícios de que também participaram do homicídio.
Um suspeito no protesto
Fernando apareceu nas imagens de um protesto feito por moradores logo após o desaparecimento da menina. No vídeo exibido pelo JT1, da TV Tribuna PE/Band, ele surge montado num cavalo, sem camisa, atrás de uma tia de Esther. A cena foi registrada na noite da segunda-feira (21).
Durante os depoimentos, Fernando e Fabiano se contradisseram várias vezes. Nenhum deles quis falar ao sair do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Foram levados para audiência de custódia e tiveram as prisões convertidas em preventivas. Depois, seguiram para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). De lá, serão encaminhados para o Presídio de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte.
O que a polícia sabe até agora
O delegado Sérgio Ricardo, que conduz o caso, disse que Esther sofreu uma pancada forte na cabeça. O corpo foi encontrado de cabeça para baixo dentro da cacimba, com o corpo despido da cintura para baixo.
Perto dela, os peritos encontraram um preservativo e uma embalagem de achocolatado.
“Não significa que a criança sofreu violência sexual, mas a gente não pode descartar. Solicitamos exame sexológico”, afirmou o delegado.
Um terceiro homem foi ouvido, mas acabou liberado. A polícia ainda investiga se há outras pessoas envolvidas.
A casa destruída
A perícia tentou voltar à casa onde o corpo foi achado, usando luminol para detectar vestígios de sangue. Mas teve dificuldades. A casa foi depredada por moradores, tomados pela revolta.
No momento da descoberta, o tio de Esther, José Augusto, abriu a cacimba e viu o corpo da sobrinha. Entrou no reservatório para retirá-lo. Um bombeiro o ajudou em seguida.
Foi um cenário de desespero. Gritos. Choro. Policiais e bombeiros saíram abatidos. Ninguém estava preparado para aquilo.
O adeus
O corpo de Esther Isabelly está sendo velado no cemitério de São Lourenço da Mata. A família decidiu não dar mais declarações durante o enterro, previsto para as 16h.
O caso ainda está sendo investigado. A polícia tenta reconstruir a linha do tempo da morte e entender quem estava com ela nas últimas horas de vida.
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Veja mais informações na edição do Brasil Urgente, na TV Tribuna PE/Band, a partir das 17h30, com apresentação de Moab Augusto.
Abaixo, também é possível acompanhar os desdobramentos no programa JT1, apresentado por Arthur Tigre
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