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Polícia

Deboche à polícia termina em prisão e recado do delegado: "sem vida fácil"

Jovens detidos são suspeitos de participar de organização criminosa


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Imagem ilustrativa da imagem Deboche à polícia termina em prisão e recado do delegado: "sem vida fácil"
O delegado José Tenório Neto disse que supostos envolvimentos com a morte de crianças em Itamaracá serão investigados |  Foto: Reprodução da TV Tribuna PE (Band/canal 4)

Após desafiar e debochar da polícia por meio de live na internet, um jovem de 18 anos e um adolescente de 17 foram detidos. Eles foram localizados e algemados no bairro da Iputinga, nas imediações do viaduto da Caxangá, Zona Oeste do Recife. (Veja o vídeo abaixo)

Ambos são suspeitos de participar de organização criminosa de Itamaracá, município que tem sido palco de crimes bárbaros contra crianças. As investigações ainda estão em andamento.

O delegado titular do Grupo de Operações Especiais, José Tenório Neto, contou à repórter Carol Guibu, na primeira Edição do Jornal da Tribuna, sobre como foi a prisão e a apreensão do menor. A ação policial ocorreu na madrugada da terça-feira (27).

O deboche

Um dos jovens que fala no vídeo diz que nem o Gati os localizada deppis de saírem de Itamacará. O Gati é Grupo de Apoio Tático Itinerante, uma divisão da Polícia Civil Reprodução das redes sociais

“A gente recebeu a determinação da diretoria de polícia especializada após esse vídeo viralizar na internet de membros daquelas organizações que disputam o controle pelo território e o tráfico de drogas na ilha de Itamaracá. Eles haviam acabado de fazer uma live debochando das autoridades policiais, dizendo que tinham saído da ilha com a arma e que queriam ser localizados”, contou José Tenório.

O delegado contou que o desafio foi aceito pelo GOE. Foi montada uma operação que localizou os indivíduos após eles saírem do bairro do Ibura, no Recife, com destino à cidade de Paulista.

Um deles, menor de idade, teria fugido de Itamaracá no dia do crime que vitimou fatalmente uma criança (de 10 anos) e feriu os dois irmãos dela.

“A gente fez uma interceptação tática no bairro da Iputinga, mais precisamente no viaduto da Caxangá, conseguindo localizá-los e prendê-los”, disse o delegado.

Conexão com a morte das crianças

Indagado se havia conexão dessas pessoas com os crimes de Itamaracá, o delegado afirmou que só podia afirmar que eles faziam parte das facções que disputam o poder na Ilha, um dos destinos turísticos mais procurados em Pernambuco.

Recentemente, a Ilha tem sido palco de crimes bárbaros contra crianças. Um bebê de 9 meses foi morto e uma criança de 10 anos, na disputa pelo tráfico na cidade.

“Conexão direta a gente não pode afirmar nem descartar, até porque essas investigações estão a cargo da Divisão de Homicídio Norte. Essa Divisão de Homicídios é que vai fazer a individualização de todos os envolvidos diretamente nas mortes praticadas por esses grupos. O que a gente pode afirmar é que esses indivíduos fazem parte dessas facções que brigam lá”.

José Tenório: "Eles não vão ter vida fácil"

“Após a intensificação do policiamento na Ilha, a tendência é que os criminosos tentem se esconder, fugir, para não serem localizados não só pela prática dos homicídios, mas pelo fato de alguns terem mandado de prisão. Outros estão envolvidos com o tráfico de drogas. A tendência é que eles tentem se evadir, mas a gente está fazendo esse monitoramento constante e esses criminosos não vão ter vida fácil”.

Na Justiça

Os dois jovens foram pegos com posse de arma, uma delas tinha o número de série raspado e o crime é equiparado à posse de arma de uso restrito, segundo o delegado José Tenório. O jovem de 18 anos foi preso e será acusado por corrupção de menor e posse de arma de uso restrito.

Pena de até 10 anos

O adulto foi encaminhado à audiência de custódia e, por não ter antecedentes criminais, o Poder Judiciário entendeu que ele deveria responder em liberdade”. Se for condenado durante o julgamento, ele pode ser condenado a até 10 anos de prisão.

Em geral, a pena para posse de arma é 4 a 6 anos de reclusão, se for de uso comum com o número de série raspado e o crime for cometido em concurso com outro crime. Já a penalidade para corrupção de menores, neste caso específico, é de reclusão de 1 a 4 anos.

O que aconteceu com o adolescente?

Segundo o delegado, o adolescente vai responder por ato análogo ao crime de porta ilegal de arma de fogo. Como ele já tinha histórico pela prática de crime análogo ao de tráfico de drogas, o Ministério Público da Infância e Juventude decidiu pela sua internação.

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