Ataque ao ônibus do Fortaleza: "fato isolado e premeditado" levanta polêmicas
Segundo Alexandre Tavares, o ônibus do time cearense estava sendo escoltado por policiais
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O coronel Alexandre Tavares, coordenador do Grupo de Trabalho do Futebol da SDS-PE, disse à TV Tribuna PE, nesta quinta-feira (22), que a agressão ao ônibus do Fortaleza, após o jogo contra o Sport, na Arena de Pernambuco, foi um “fato isolado e premeditado”.
Um fato, diga-se de passagem, que não conseguiu ser detectado pela inteligência policial, novamente. No dia 20 de janeiro, a organizada rubro-negra e tricolor protagonizaram cenas de horror na Região Metropolitana do Recife.
Em entrevista, o coronel informou que o veículo do Fortaleza estava com escolta no momento em que foi atacado por um grupo de 80 a 100 criminosos, na BR-232. O coronel demonstrou surpresa com essa investida em meio a uma rodovia. Havia oito policias na escolta. A violência repercutiu nas redes sociais.
De acordo com o militar, 600 policiais foram destacados para proteção dos torcedores, frisando que o ataque ao ônibus ocorreu de maneira imprevisível. Eles estiveram em locais como entorno, corredores de acesso, terminais integrados de transporte público, onde o policiamento ostensivo foi feito.
Sobre o incidente, o oficial descreveu-o como um "ato isolado e premeditado", protagonizado por um grupo de criminosos, que atacaram o veículo com pedras, rojões e fogos de artifício.
“Alguém desse grupo (das organizadas) estava monitorando a saída do ônibus, alguém estava monitorando o itinerário do ônibus, justamente para que o grupo pudesse fazer, realizar o ataque furtivo à equipe do Fortaleza”, declarou.
Indagado sobre a necessidade de revisão dos protocolos de segurança, especialmente após os jogadores terem sido feridos, o coronel Tavares afirmou que as escoltas policiais são rotineiras em jogos profissionais e que não há precedentes de ataques desse tipo.
No entanto, reconheceu a importância de realizar uma análise detalhada do ocorrido para aprimorar os procedimentos de segurança no futuro. inclusive com um debate sobre o assunto no grupo de trabalho que coordena.
O grupo de trabalho é formado por órgãos ligados à segurança pública, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público, aos Clubes e à Federação Pernambucana de Futebol.
“A SDS utilizou o reconhecimento facial durante o período carnavalesco e já é de conhecimento público que nós vamos levar essa ferramenta tecnológica para as praças desportivas”, acrescentou.
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