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Entre vinhedos e taças

Confira a coluna de sábado (22)


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Imagem ilustrativa da imagem Entre vinhedos e taças
Bruno Faustino é autor da coluna |  Foto: Arquivo / AT

Subindo as montanhas de Santa Teresa, o cenário muda devagar. O asfalto dá lugar à estrada de terra, o verde se torna ainda mais intenso e o ar fresco traz aquele cheiro de natureza viva. A cidade dos imigrantes italianos, famosa por sua gastronomia e cultura preservada, guarda um tesouro que vem ganhando espaço entre os melhores do Brasil: os vinhos de altitude.

E foi na Vinícola Tabocas que tive uma das experiências mais marcantes com essa nova vocação capixaba.

A recepção foi como deveria ser: entre vinhedos e taças. No alto dos 800 metros onde as uvas se desenvolvem com paciência, cada parreira carrega a história de uma aposta ousada, de um cultivo que exige tempo, dedicação e respeito às estações. As folhas já começavam a tingir-se de dourado, sinal de que o ciclo da videira caminhava para um novo capítulo.

Entre os brilhos do aço inox, repousava um vinho que ainda não conhecia o mundo — mas que eu teria o privilégio de provar em primeira mão. Um Cabernet Sauvignon, ainda não envasado, guardando em si o frescor da juventude e a promessa de uma maturação impecável.

O líquido rubi deslizou para a taça. O aroma era intenso, vibrante, com notas de frutas negras e um toque de especiarias que se revelava aos poucos.

Ao primeiro gole, a acidez equilibrada e os taninos marcantes indicavam que aquele vinho, ainda em processo, já carregava uma identidade própria. Um vinho que falava da terra, do clima, do trabalho paciente que transforma a uva em experiência.

Parei por um instante para absorver o momento. Não era apenas o vinho, era o lugar. Era o silêncio das montanhas, o ar puro, a sensação de que cada detalhe ali fazia sentido. Santa Teresa estava, mais do que nunca, enraizada no mapa do enoturismo brasileiro, e a Vinícola Tabocas mostrava que o Espírito Santo tem, sim, um terroir capaz de produzir rótulos inesquecíveis.

Entre um gole e outro, veio a certeza: o vinho capixaba não é futuro, é presente. E a cada safra, Santa Teresa brinda com o mundo o sabor da sua história.

Se quiser sentir um pouco dessa experiência, te convido para acompanhar a próxima edição do Negócio Rural. Neste domingo, às 10 horas, na TV Tribuna/Band, vamos conhecer juntos os bastidores da produção de vinhos finos e descobrir o que faz desse pedaço do Espírito Santo um destino imperdível para quem ama um bom vinho. Saúde!

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