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Onde a terra renasce

Confira a coluna de sábado (15)


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Imagem ilustrativa da imagem Onde a terra renasce
Bruno Faustino é autor da coluna |  Foto: Arquivo / AT

Era uma vez um pedaço de terra castigado pelo tempo. Onde antes havia mata, caro leitor, sobraram apenas cicatrizes. Árvores derrubadas, solo esgotado, um chão árido onde a vida parecia ter desistido de existir. Mas, na cidade de Aimorés, em Minas Gerais, alguém acreditou que o impossível era só uma questão de tempo.

O Instituto Terra nasceu desse sonho – ou, melhor dizendo, da teimosia de quem se recusa a aceitar a destruição como destino. Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado, olharam para a paisagem devastada e enxergaram uma floresta onde ninguém mais via nada. Compraram a antiga fazenda da família e decidiram fazer o impensável: devolver à terra o que o homem havia tirado.

Foram anos de trabalho. Mudas plantadas uma a uma, com mãos calejadas pela esperança. E onde antes só havia silêncio e poeira, hoje há um santuário verdejante. Mais de 2,7 milhões de árvores foram plantadas, e a paisagem voltou a respirar. Os pássaros retornaram, as nascentes renasceram, a vida se reergueu.

Mas o Instituto Terra não é só sobre reflorestamento. É sobre mudança. Sobre reescrever o futuro, um galho, uma folha, uma gota d'água de cada vez. E essa missão se apoia em três pilares que fazem dessa história um exemplo para o Brasil – e para o mundo.

O primeiro pilar é a conservação ambiental. A Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Bulcão protege espécies que haviam sumido da região. O que antes era deserto virou refúgio para tatus-canastras, onças-pardas, jacutingas e tantas outras formas de vida que encontraram ali um lar seguro.

O segundo pilar é a educação. Porque transformar o mundo exige conhecimento. E é por isso que o instituto capacita produtores rurais, estudantes e técnicos para que possam cuidar da terra sem destruí-la. O programa “Escola da Terra” ensina o que a natureza já sabia: que a sobrevivência depende do equilíbrio entre produção e preservação.

E o terceiro pilar é o desenvolvimento rural sustentável. Porque sem água e sem mata não há vida. O instituto já restaurou mais de 2.400 nascentes em propriedades rurais, garantindo que rios e córregos continuem a fluir, levando esperança para o futuro. Cada nascente recuperada é um renascimento – da terra, das pessoas, dos sonhos.

Olhando para trás, é difícil acreditar que tudo isso começou com um chão seco e um desejo de mudança. Mas é assim que as grandes histórias nascem: da coragem de plantar o que ainda não se pode ver. E se o Instituto Terra nos ensina algo, é que a vida sempre encontra um jeito de recomeçar – desde que alguém tenha a coragem de dar o primeiro passo.

Quer saber mais sobre essa história inspiradora? Então não perca o programa Negócio Rural deste domingo. Vamos conhecer de perto esse trabalho transformador e entender como ele impacta a vida de milhares de pessoas. Te espero lá!

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