Vladimir Putin faz um primeiro discurso de olho em mais uma reeleição na Rússia
À frente do país desde 2000, o presidente russo anunciou em 8 de dezembro sua candidatura
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu, no domingo (17), fazer da Rússia uma "potência soberana". As declarações foram dadas em seu primeiro discurso oficial de campanha antes das eleições previstas para março de 2024.
"A Rússia será uma potência soberana e autossuficiente, do contrário, deixará de existir", disse Putin aos líderes de seu partido, Rússia Unida, em um congresso de apoio à sua candidatura.
À frente do país desde 2000, o presidente russo anunciou em 8 de dezembro sua candidatura. Se for reeleito, uma opção provável em um sistema político onde a oposição é quase inexistente, poderá permanecer no Kremlin até 2030. As eleições acontecem depois de dois anos de ofensiva na Ucrânia, que desencadeou uma série de sanções ocidentais contra a Rússia.
Putin, de 71 anos, disse que fará da "soberania" um dos principais objetivos de seu quinto mandato no Kremlin. "Só tomaremos decisões nós mesmos, sem conselhos do exterior", frisou. "A Rússia não pode - como alguns países - ceder sua soberania por algumas migalhas e se tornar satélite de alguém", defendeu.
As potências ocidentais, ressaltou, procuram "semear problemas internos" na Rússia. Mas "essas táticas não funcionaram." O líder do Kremlin declarou que ainda há "muito a fazer pelos interesses da Rússia" e que o país enfrenta "tarefas históricas".
Neste momento não se sabe quem serão os políticos que irão desafiar o inquilino do Kremlin no próximo ano, embora se espere que os comunistas apresentem o seu candidato, assim como os ultranacionalistas. Praticamente todos os adversários políticos de Putin estão na prisão, ou no exílio, e Moscou proibiu as críticas à sua campanha militar na Ucrânia.
Segundo pesquisas oficiais dos últimos dias, 80% dos russos aprovam a gestão de Putin. A oposição ao Kremlin considera que as eleições serão um referendo sobre a guerra atual, em que a Rússia não atingiu os objetivos que estabeleceu em fevereiro de 2022 e teria sofrido, segundo o Ocidente, mais de 300 mil baixas. (Com agências internacionais).
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