Ministro da Venezuela chama de 'provocação' exercício militar dos EUA na Guiana
Exercícios são realizados em meio a tensões sobre a disputa territorial entre os dois países em relação a Essequibo
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O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, classificou como "provocação" o sobrevoo de aeronaves militares dos EUA sobre a capital da Guiana e áreas adjacentes nesta quinta-feira, em meio a tensões sobre a disputa territorial entre os dois países em relação a Essequibo.
Em publicação no X, antigo Twitter, López afirmou "rechaçar as reiteradas provocações do Comando do Sul, apoiados pelo governo da Guiana, que assumiram o posto de nova colônia norte-americana". "Nosso sistema de Defesa Aeroespacial Integral permanece ativo contra qualquer violação do espaço geográfico venezuelano, incluindo nosso território de Essequibo", alertou o ministro.
López ainda compartilhou uma publicação de outro usuário, afirmando que uma "máquina de guerra foi ativada" contra a Venezuela para atender "os desejos da ExxonMobil" e "desestabilizar" a região, ao ameaçar os acordos de paz e compromissos internacionais.
Também por meio do X, a Embaixada dos EUA na Guiana informou sobre os exercícios de sobrevoo realizados nesta tarde. Segundo o órgão, os aviões F/A-18F Super Hornets, da Marinha dos EUA, sobrevoaram Georgetown, capital da Guiana, e áreas adjacentes, sob coordenação e aprovação das Forças de Defesa da Guiana.
Em publicação separada, a embaixada americana também relatou que comandantes de alto escalão militar dos EUA e da Guiana se encontraram hoje para discutir a cooperação e assistência de segurança bilateral entre os países.
A Venezuela e a Guiana estão envolvidas em uma disputa pelo território de Essequibo, rico em petróleo e minerais, o que aumentou as tensões entre os dois países nos últimos meses. Desde 1897, os venezuelanos reivindicam a soberania sobre a região, que, segundo eles, lhes foi roubada quando a fronteira com a Guiana, então colônia britânica, foi traçada no final do século XIX. Essa porção de terra representa dois terços da Guiana.
*Com informações da Associated Press
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