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Internacional

Israel se retira do sul de Gaza, mas nega pressão dos EUA

Decisão foi tomada devido ao esgotamento de todas as operações de inteligência e combate na região, ressaltou o Exército


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O Exército israelense informou neste domingo, 7, que retirou todas as suas tropas do sul da Faixa de Gaza depois de seis meses de guerra contra o Hamas. Apenas uma brigada ficou no enclave palestino, para assegurar o controle de um corredor usado para incursões no território. O comando militar, no entanto, negou que a manobra tenha relação com a pressão americana e assegurou que os planos de ataque a Rafah seguem de pé.

A decisão foi tomada devido ao esgotamento de todas as operações de inteligência e combate na região, ressaltou o Exército. As autoridades israelenses disseram ainda que 18 dos 24 batalhões do Hamas na Faixa de Gaza foram desmantelados, o que significa que não funcionam como uma unidade militar organizada, embora ainda existam células menores.

"A guerra em Gaza continua, e estamos longe de parar. As principais autoridades do Hamas ainda estão escondidas. Chegaremos a eles mais cedo ou mais tarde", disse o general Herzi Halevi, comandante do Exército de Israel.

Ontem, em Tel-Aviv, uma multidão novamente protestou contra o governo do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu - segundo os organizadores, foram 100 mil manifestantes exigindo a antecipação das eleições. O líder opositor Yair Lapid participou de um protesto em Kfar Saba, antes de seguir para Washington.

Rafah

Pressionado, Netanyahu voltou a repetir ontem que Israel está a apenas "um passo da vitória" e prometeu que não haverá trégua nos combates até que o Hamas liberte todos os reféns. "Não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns. Isso simplesmente não acontecerá", disse o premiê.

A Casa Branca disse ontem que a retirada parcial das tropas israelenses do sul da Faixa de Gaza é provavelmente para que seu efetivo possa "descansar e se recondicionar", em vez de uma movimentação para uma nova operação. Caso queira atacar Rafah, o Exército de Israel precisaria de qualquer maneira convocar novos recrutas.

"Eles estão no terreno há quatro meses, o que percebemos é que estão cansados, precisam se recondicionar" disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, Ao programa This Week, da emissora ABC.

A retirada ocorreu no mesmo dia em que negociadores se reuniram no Cairo para discutir um novo cessar-fogo que envolva a libertação de reféns. O chefe da CIA, Bill Burns, e o primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohamed al-Thani, se encontram com autoridades egípcias e delegações de Israel e Hamas.

O Canal 12 de Israel, citando fontes militares, disse que os diplomatas americanos estão otimistas, desta vez, em razão da forte pressão sobre Netanyahu nos bastidores feita pelo governo dos EUA, que faria uma nova proposta para a libertação dos reféns. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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