Ex-deputado George Santos volta a ser drag queen
George Santos, filho de brasileiros, agora se apresenta como a drag Kitara que, segundo ele mesmo, ficou “18 anos no armário”
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O ex-deputado americano George Santos, filho de brasileiros que foi expulso do Congresso dos Estados Unidos em 2023 e que ficou famoso por mentiras e controvérsias em relação ao seu currículo, voltou a fazer performance como a drag queen Kitara Ravache, depois de 18 anos.
O vídeo foi divulgado no site Cameo, especializado na venda de vídeos de celebridades. “Aqui é Kitara, sua favorita, depois de 18 anos no armário George Santos me trouxe de volta”, diz Santos no vídeo. “Ouvi dizer que vocês são um bando de malucos e adoram dançar a noite toda, como se não fosse da conta de ninguém”, aponta Santos a seus seguidores.
Cassação
Santos teve seu mandato cassado como deputado em dezembro de 2023 após uma votação bipartidária histórica. O legislador que representava Nova Iorque ganhou destaque após as eleições de meio de mandato de 2022 quando jornais americanos revelaram uma série de mentiras e fraudes que lhe renderam 23 acusações federais.
A medida consolidou Santos, que ao longo de sua curta carreira política inventou ligações com o Holocausto, o 11 de setembro e o tiroteio na boate Pulse em Orlando, a um lugar genuíno na história: ele se tornou a primeira pessoa a ser removida do Congresso sem primeiro ser condenado por um crime federal. Esta é a quinta vez que a Câmara americana cassa um congressista, e a última havia sido há mais de 20 anos.
A votação, que exigia uma maioria de dois terços, foi aprovada com 311 legisladores a favor da cassação, incluindo 105 republicanos, e 114 contra.
O brasileiro enfrenta 23 acusações criminais federais, incluindo fraude, lavagem de dinheiro, falsificação de registros e roubo de identidade agravado. Ele se declarou inocente dessas acusações.
No Brasil, ele confessou o crime de estelionato no qual era investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e fechou um acordo de não persecução penal com o órgão. Santos concordou pagar cerca de R$ 10 mil a instituições de caridade e R$ 14 mil à vítima do crime, ocorrido em 2008.
A Promotoria do Rio investigava o uso de cheques sem fundos por George Santos para comprar roupas em uma loja em Niterói (RJ).
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