'Estamos esperando por ela em casa', diz mãe de mulher sequestrada por Hamas
Noa Argamani estava em uma rave com o namorado quando o ataque começou
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Os pais de Noa Argamani, 25, sequestrada pelo Hamas enquanto estava em uma rave em Israel no último sábado (07), falaram com a CNN americana neste domingo (08). "Nós estamos esperando por ela em casa", afirmou sua mãe, Leora.
Um vídeo que viralizou no fim de semana mostra Noa e seu namorado, Avinatan Or, sendo levados por militantes extremistas palestinos. As imagens foram compartilhadas em redes sociais por familiares das vítimas, esperançosos de que a divulgação ajude nas buscas.
Na entrevista ao apresentador Anderson Cooper, o pai de Noa, Yaakov Argamani, fala em hebreu e conta com a tradução de Shlomit Marciano, amiga de infância da vítima. "Antes disso [ver as imagens], ele ainda tinha expectativas de que ela estaria bem, mas ver o vídeo foi a prova de que ela foi sequestrada, e suas esperanças foram estilhaçadas", traduz Marciano.
"A situação aqui é maluca", completa ela. "Eram pessoas inocentes que só queriam se divertir e foram mortas. Centenas de pessoas estão desaparecidas. E a minha melhor amiga é uma delas."
Leora Argamani, mãe de Noa, disse que gostaria de mandar uma mensagem para a filha. "Que ela seja forte, muito forte. Nós estamos esperando por ela em casa", diz Leora.
O casal estava na rave Universo Paralello, festival de música eletrônica criado por brasileiros que reuniu cerca de 3.500 pessoas a menos de 20 quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza. A festa foi organizada por um produtor israelense, que licenciou os direitos de uso do nome. A região é tradicionalmente conhecida por promover festivais do gênero — outra rave havia acontecido ali um dia antes.
No domingo, equipes de resgate encontraram ao menos 260 corpos no local. Segundo o governo de Israel, mais de cem pessoas já foram feitas reféns pelo Hamas ao todo desde sábado, quando o grupo extremista lançou aproximadamente 5.000 foguetes e entrou por terra, mar e ar na nação vizinha, deixando 700 mortos até a manhã desta segunda (09).
Or e Argamani tentavam se esconder dos militantes antes de serem sequestrados. De acordo com mensagens do WhatsApp postadas no Facebook, Or compartilhou sua localização com um amigo e implorou que soldados israelenses fossem resgatá-los.
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