Argentina avalia lançar nota estampada com rosto de Messi, diz jornal
O banco central da Argentina avalia emitir uma cédula de 10 mil pesos (R$ 275) estampada com o rosto do capitão da seleção
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Depois de anunciar, na semana passada, o lançamento da cédula de 2.000 pesos (R$ 55), o banco central da Argentina avalia emitir uma cédula de 10 mil pesos (R$ 275) estampada com o rosto do capitão da seleção Lionel Messi, de acordo com o jornal La Nación. A inflação no país aproxima-se dos 100% ao ano.
Silvina Batakis, presidente do BC argentino e ex-ministra da economia do país, fez a afirmação em uma entrevista à Radio con Vos, de Buenos Aires. Segundo ela, o presidente Alberto Fernández disse em entrevista que a produção de outras cédulas está sendo analisada.
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Batakis abordou a questão econômica no país. "Não dá para esconder a questão da inflação atrás de um projeto de lei, então entendo que é algo que está sendo discutido no Executivo junto com o Banco Central", afirmou. Para ela, emitir notas com maior valor é uma "necessidade".
O país está lutando contra uma das maiores taxas de inflação do mundo, com os preços subindo 95% no ano passado e uma desvalorização constante do peso argentino. A situação faz com que moradores e turistas carreguem enormes maços de dinheiro para fazer pagamentos.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de emitir uma nota de 10 mil pesos, Batakis disse que é preciso que a estampa se comunique com o coração dos argentinos, como acontece com a Copa do Mundo, da qual foram os campeões. A presidente do BC gostaria de estampar o rosto do jogador Lionel Messi, mas assume que há disputa também para colocar Diego Maradona, um ídolo no país.
No dia 3 de fevereiro, o governo comunicou que vai emitir uma nova nota de 2.000 pesos, dobrando o valor de face da maior cédula do país. A nova cédula, porém, ainda valeria apenas US$ 11 (R$ 57) oficialmente e cerca de US$ 5 (R$ 26) nos mercados paralelos.
A maior nota atual, de 1.000 pesos (R$ 27,50), vale apenas US$ 2,70 (R$ 14) nos mercados alternativos que a maioria das pessoas usa para trocar moeda, inclusive por meio de empresas formais de câmbio. A compra de dólares à taxa oficial é estritamente limitada.
O dinheiro argentino perdeu tanto valor nos últimos anos que um artista local usa cédulas para pintar porque elas são mais baratas que uma tela.
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