Seleção sob pressão após nova derrota
Brasil sai na frente com três minutos de jogo, leva a virada da Colômbia por 2 a 1, soma a 2ª derrota seguida e ouve zoações da torcida rival
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O Brasil jogou mal e perdeu de virada para a Colômbia por 2 a 1, na noite de quinta-feira (16), em Barranquilla, pela quinta rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Foi a primeira vez na história das Eliminatórias que a Seleção perdeu duas vezes em sequência.
Com a derrota, a Seleção segue com sete pontos e cai para a quinta posição. O revés, inclusive, foi o primeiro do Brasil para a Colômbia na história das Eliminatórias Sul-Americanas e após levar o segundo gol, os jogadores de Fernando Diniz escutaram os gritos de “olé” vindo das arquibancadas.
Gabriel Martinelli abriu o placar aos três minutos do primeiro tempo. Luis Díaz marcou dois e virou.
O Brasil começou bem, fez gol logo aos três minutos, mas depois viu a Colômbia se animar e nunca mais teve o controle da partida. O goleiro Alisson fez várias defesas importantes até a Colômbia conseguir a virada.
Luis Díaz acabou com o jogo. O atacante do Liverpool fez dois gols de cabeça e deu trabalho a todo tempo para a defesa brasileira.
O Brasil teve outra notícia ruim além do resultado. Vini Jr sentiu problema na coxa esquerda ainda no primeiro tempo e precisou sair para a entrada de João Pedro. O atacante do Real Madrid fará exame para saber a gravidade.
O Brasil voltará a campo para enfrentar a Argentina, terça-feira (21), no Maracanã.
O goleiro Alisson criticou a desatenção da Seleção Brasileira e reforçou que o Brasil precisa ser mais soberano nos jogos.
“Óbvio que não está bom. Foi desafio enorme aqui contra a Colômbia, equipe muito física, muito agressiva. Sempre lidamos bem com calor é pressão, é difícil jogar aqui. Se não me engano nas últimas vezes empatamos (eram três empates consecutivos como visitante na Colômbia), isso mostra o quão difícil é de jogar aqui. Eles já eram equipe contínua de bons resultados”.
“Hoje (quinta-feira, 16) um jogador decidiu, com gols pelo alto. Fizeram muitos cruzamentos e isso é algo que temos que melhorar muito para esse tipo de jogo”, finalizou.
Emoção
Uma semana depois de ser liberado de sequestro, o pai de Luis Díaz acompanhou o jogo no estádio e foi às lágrimas nos gols de seu filho. Após o apito final, o camisa 7 colombiano recebeu abraço de Alisson, companheiro no Liverpool.
“Sem palavras para falar dele. É um amigo, um companheiro. Acho que nessas horas tem que tirar o futebol de lado. Ele merece tudo”, disse Alisson.
Atuações
Alisson: boa atuação. Nada pôde fazer nos lances dos gols. Nota 7
Emerson Royal: no primeiro gol da Colômbia, deu espaço. No segundo, subiu mal na marcação. Nota 3,5
Marquinhos: foi bem em cortes por cima e por baixo. No segundo gol, perdeu o tempo de bola. Nota 4
G. Magalhães: exposto, até deu conta no primeiro tempo, mas sucumbiu no fim. Nota 4. Douglas Luiz: entrou quando o Brasil estava em desvantagem. Pouco fez. Nota 5,5
Renan Lodi: produziu pouco ofensivamente até ser substituído. Nota 4,5 Pepê pouco pegou na bola. Nota 5,5
André: participou bastante da saída de bola e quase não se aproximou da área adversária. Nota 5,5
Bruno Guimarães: distribuiu passes e lançamentos. Nota 5,5
Rodrygo: era um dos melhores, com passes precisos e boas jogadas, até ser substituído. Nota 7. Paulinho pouco acionado. Nota 5,5
Raphinha: falta caprichar nas finalizações. Bem nos contra-ataques. Nota 6. Endrick pouco fez. Nota 5
Vini Jr.: Era um dos melhores da Seleção até sentir dores na coxa esquerda. Nota 7. João Pedro lutou bastante, mas pouco criou. Nota 5,5
Martinelli: foi um dos melhores do Brasil não apenas pelo gol. Nota 7
Fernando Diniz : Brasil deu espaços no meio e problema não foi corrigido. Tirou Rodrygo quando ele era um dos melhores em campo. Nota 5
Fala, treinador!
"Deveríamos ter controlado melhor a partida"
“Em alguns momentos a Colômbia teve contra-ataques e foi crescendo no jogo. Tivemos chances de fazer o segundo e o terceiro. A Colômbia depois começou a colocar jogadores de frente, tínhamos que ter baixado a linha de maneira mais efetiva. Evitar os cruzamentos e os gols que sofremos.
Mas o Brasil não “baixou” o jogo em nenhum momento.
Nós deveríamos ter controlado melhor a partida e ter feito os gols quando tivemos as chances.
Temos agora um adversário importante para jogar (Argentina) e precisamos melhorar o time, principalmente, no aspecto defensivo. Tivemos uma evolução diante da Colômbia em relação ao jogo contra o Uruguai e sabemos que vamos evoluir mais”.
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