Paralímpiada já movimenta Paris com recorde do Brasil
Com 279 esportistas, o País terá a maior delegação de brasileiros em uma competição paralímpica internacional
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Com o encerramento dos Jogos de Paris realizado no último domingo, os alojamentos da Vila Olímpica foram esvaziados, abrindo espaço aos novos atletas que chegarão nos próximos dias para disputar a Paralímpiada de Paris-2024 que começará dia 28 de agosto e terminará 8 de setembro.
Ao todo, serão 22 modalidades e 185 delegações participantes. O Brasil já anunciou a ida dos primeiros atletas ontem mesmo.
As primeiras confederações brasileiras enviadas foram do tênis de mesa, remo e vôlei sentado. Viajam 72 pessoas, sendo 46 atletas com deficiência e um timoneiro (do remo).
Ao todo, o Brasil terá 279 esportistas, sendo 254 atletas e 19 atletas-guias em 20 modalidades. O maior número desde a primeira participação em Heidelberg, então Alemanha Ocidental, em 1972. E superando os 278 da edição no Rio-2016.
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Na última edição, em Tóquio, Brasil terminou em sétimo lugar na colocação geral, com 72 medalhas - 22 de ouro.
Com destaques para a natação e atletismo, neste ano, a expectativa é superar esse número, levando em consideração a quebra de todos os recordes em competições durante o ciclo olímpico, como os 343 pódios e 156 ouros no Parapan-Americano em 2023 (em 2019 foram 308 conquistas).
Nadador da classe S10 (limitação físico-motora), o pernambucano Phelipe Rodrigues se tornou o atleta brasileiro nos Jogos de Paris com mais medalhas (oito) na história e um dos principais nomes para subir ao lugar mais alto do pódio.
Ele é especialista em provas de velocidade (50m e 100m) do nado livre e soma cinco pratas e três bronzes no currículo. Desde sua estreia em Pequim-2008 até a última participação em Tóquio-2020, Rodrigues conquistou ao menos uma medalha em cada uma das edições dos Jogos que disputou.
SAIBA MAISModalidades Paralímpicas em Paris 2024
- Atletismo paralímpico
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Feras também no atletismo e na luta
Atrás de Phelipe Rodrigues, o corredor Felipe Gomes, da classe T11 (deficiência visual), segue como o segundo atleta brasileiro convocado para Paris com mais medalhas em Jogos. Foram dois ouros, três pratas e um bronze.
Com cinco pódio paralímpicos na carreira, os nadadores Tallison Glock (S6, limitações físico-motoras) e a pernambucana Carol Santiago (S12, deficiência visual) estão empatados com o velocista paraibano Petrúcio Ferreira (T47, amputados de braço), que detém os recordes mundial (0"29) e paralímpico (10"53) de 100 metros rasos.
Mesmo que o ouro seja a maior expectativa para Ferreira, seu companheiro de equipe, Washington Junior também está cotado para o pódio em uma possível dobradinha verde e amarela, assim como ocorreu em Tóquio com o recordista em primeiro e Junior com o bronze.
Na luta, Nathan Torquato k44 (má formação, amputação ou perda dos movimentos de um ou dos dois braço), de 23 anos, irá defender o seu título do taekwondo, conquistado na última edição, em Tóquio.
O nadador carioca Douglas Matera (S12, deficiência visual), de 30 anos, foi medalha de prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos nos Jogos de Tóquio 2020.
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