Flamengo adota lema contra crise em meio a cobranças da torcida
Jogadores do Rubro Negro fazem "pacto" para evitar conversas e declarações e trabalhar mais em campo
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"Trabalhar mais e falar menos". Este tem sido o lema que o Flamengo adotou internamente no momento de crise que atravessa neste início de temporada, quando foi vice da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana, terceiro no Mundial de Clubes e que vem de uma derrota para o rival Vasco no último domingo (5), algo que gerou protestos de torcedores na porta do Ninho do Urubu nesta terça-feira (7).
GABIGOL, GERSON E MARINHO CITAM LEMA
A prova de que o lema foi adotado como um mantra internamente aconteceu nas zonas mistas recentes, após o vice da Recopa para o Independiente del Valle e a derrota para o Vasco, na Taça Guanabara.
Gabigol após derrota para o Vasco
"Estamos trabalhando muito, se ajustando, assim a gente vai melhorando nos jogos. É um cara excepcional [Vítor Pereira]. Precisamos trabalhar mais e falar menos", disse ao BandSports.
Gerson após derrota para o Vasco
"Das outras vezes tivemos momentos bons e ruins e saímos juntos. Agora, não estamos passando um momento tão bom, mas vamos trabalhar para mudar esse momento. Só o trabalho pode mudar. Não adianta vir aqui, ficar se desculpando. É trabalhar, quietinho", disse.
Marinho a vice na Recopa
"Infelizmente o resultado que a gente precisa não veio. É dar continuidade ao trabalho. É falar menos e trabalhar mais, precisamos dar resposta dentro de campo".
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VÍTOR PEREIRA TEM TEORIA SOBRE O LEMA ADOTADO
Após a derrota para o Vasco, Vítor Pereira expôs sua teoria sobre o lema adotado pelos jogadores recentemente: "Isso que eles dizem de 'trabalhar mais e falar menos' é o sentimento da equipe no momento. É aquele sentimento de que estamos no caminho certo em termos de trabalho. Está faltando o resultado, os gols aparecerem, e essa tranquilidade que os gols nos dão. Isso é o que querem dizer quando falam em trabalhar mais e falar menos".
FLAMENGO EVITA ENTREVISTAS
Já tradicionalmente um clube fechado neste período de austeridade, o Flamengo tem se recolhido ainda mais neste período de fracassos, evitando entrevistas exclusivas e acesso de jornalistas ao centro de treinamento Ninho do Urubu.
O único contato dos jogadores com a imprensa tem acontecido após os jogos, quando há a "obrigatoriedade" da coletiva do treinador e da zona mista.
PRESSÃO PARA O FLA-FLU
Mesmo classificado antecipadamente para as semifinais do Campeonato Carioca e na liderança da Taça Guanabara, o Flamengo chega bastante pressionado para o clássico de nesta terça-feira (8), contra o Fluminense, no Maracanã.
O jogo vale o título simbólico da Taça Guanabara e uma nova derrota aumentará ainda mais a pressão ao técnico Vítor Pereira e ao elenco, que ontem foi alvo de um protesto de integrantes de organizadas em frente ao Ninho do Urubu.
Na ocasião, Gabigol foi xingado e o zagueiro Léo Pereira parou seu veículo para conversar os torcedores, que fizeram cobranças.
Uma faixa com a frase "não somos fãs de canalhas" também foi estendida na porta do centro de treinamento.
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