Final da libertadores: decisão em campo e união na torcida do Flamengo
Às vésperas da decisão da Libertadores e da reta final do Brasileirão, capixabas transformam paixão rubro-negra em solidariedade na Serra
Às vésperas de uma semana decisiva, final da Libertadores amanhã e reta final do Brasileirão, a Fla-Serra, uma das mais tradicionais torcidas capixabas do Flamengo, prepara um jogo à parte fora das quatro linhas.
Com mais de dez anos de história e mais de mil integrantes, o grupo decidiu transformar toda a energia das arquibancadas em solidariedade. O que já é tradição entre os rubro-negros da Serra ganha força nesta reta final de temporada: futebol, união e responsabilidade social jogando no mesmo time.
Para a final da Libertadores, amanhã, haverá venda de ingressos para todos se reunirem, mas com um pedido especial: cada torcedor deve levar um alimento não perecível. Já para o jogo do Brasileirão, na quarta-feira, contra o Ceará, a entrada será meia-solidária, também mediante doação.
O evento será na casa de Shows Tchau e Bença, em Jardim Limoeiro, com telão gigante, a partir das 14 horas. O presidente da torcida, Luciano Knupp, 49, reforça que o trabalho vai muito além do barulho e das bandeiras nos dias de jogo.
“Trabalhamos com organização e responsabilidade há anos. Para se tornar consulado oficial do Flamengo, cada grupo precisa fazer oito ações sociais por ano, e isso nos ajuda a unir paixão pelo clube e cuidado com a comunidade”.
Todo o volume arrecadado será destinado a famílias em situação de vulnerabilidade na semana do Natal. “Estimamos uma arrecadação expressiva nos dois eventos. A equipe fará a coleta na entrada e depois distribuiremos tudo para famílias da região”.
Além das ações sociais, a Fla-Serra se consolidou como um ponto de encontro seguro, organizado e cada vez mais diverso para acompanhar o Flamengo.
Na sede de Colina de Laranjeiras, as arquibancadas improvisadas convivem com mesas de bar e um clima de comunidade que atrai famílias inteiras, pais, mães, crianças e torcedores de todos os perfis encontram no espaço um ambiente acolhedor.
O técnico em mecânica industrial Bruno Santos, 41 anos, frequenta o local com a família e resume bem o espírito da torcida.
“A Fla-Serra é mais do que um grupo de torcedores, é uma família. Assistir aos jogos juntos é alegria compartilhada, é vibrar e se emocionar com segurança e acolhimento”.
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