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Esportes

Fifa e Conmebol não aprovam interferência na CBF e apontam para possíveis punições

Entidade que dirige o futebol brasileiro recebeu um comunicado, nesta quinta-feira


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Imagem ilustrativa da imagem Fifa e Conmebol não aprovam interferência na CBF e apontam para possíveis punições
Sede da CBF: possíveis punições da Fifa e Conmebol |  Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A Fifa e a Conmebol demonstraram toda sua insatisfação com a decisão judicial que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade que dirige o futebol brasileiro recebeu um comunicado, nesta quinta-feira, no qual indica possíveis punições, se for mantida a interferência na CBF.

"A Fifa e a Conmebol gostariam de expressar a sua preocupação em relação a estes últimos desenvolvimentos e gentilmente lembrar a todas as partes interessadas relevantes que a CBF tem a obrigação legal de gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros (cf. art. 14 par. 1 i) e art. 19 dos Estatutos da FIFA). Neste contexto, informamos que, caso as ações tomadas pelas autoridades judiciais competentes sejam consideradas como constituindo interferência indevida no sentido dos Estatutos da FIFA e da CONMEBOL, a FIFA e a CONMEBOL não poderão ter outra alternativa de ação senão aplicar as sanções relevantes sobre CBF, e isto mesmo que esta não tenha tido culpa (cf. art. 14 par. 3 dos Estatutos da FIFA)", disse a nota.

José Perdiz de Jesus falou pela primeira vez como interventor e presidente em exercício da CBF, nesta quarta-feira, ao emitir um comunicado, no qual afirmou que fará 'mínima interferência desportiva'. O dirigente teria 30 dias para realizar eleições na entidade, mas Fifa e Conmebol pediram que uma novo pleito só ocorra após visita ao Brasil, prevista para janeiro.

"Nesse sentido, para fins de devida diligência e devido processo, a Fifa considera que nenhuma eleição deve ser convocada ou realizada até que uma delegação da FIFA e da CONMEBOL visite o Brasil em janeiro próximo para examinar a situação e discutir o assunto com as respectivas partes interessadas para relatar aos órgãos competentes da FIFA e permitir-lhes decidir sobre as ações necessárias a serem tomadas com o devido respeito aos Estatutos da CBF e à autonomia da associação membro", informou o comunicado.

Segundo a nota, Hélio Santos Menezes, Diretor de Governança e Compliance da CBF, seria a única pessoa autorizada a falar pela CBF no momento por ser o diretor mais velho. "Neste contexto, observe que nenhuma outra autoridade além desta pessoa responsável no sentido do Art. 64 dos Estatutos da CBF serão oficialmente reconhecidos pela Fifa e pela Conmebol", disse o documento.

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