Vitória e Desportiva empatam em jogo cheio de confusões
Partida sem gols ficou marcada pelas confusões dentro e fora de campo, entre jogadores e torcedores
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Em confronto válido pela terceira rodada da Copa Espírito Santo, o clássico entre Vitória e Desportiva no Salvador Costa, ocorrido na tarde deste sábado (11), não saiu do zero. A partida acabou ficando marcada pelas confusões dentro e fora de campo, entre jogadores e torcedores.
O clima nas arquibancadas era de confronto desde o início, com as organizadas dos dois clubes se provocando ao longo de toda a partida. Em campo, o que se viu foi muita correria e poucas finalizações efetivas.
O primeiro tempo teve maior equilíbrio, com o Vitória aproveitando o fator casa para chegar com mais perigo. A melhor chance do time da casa na primeira etapa foi com Patrick Carvalho, mas o goleiro Andrey, da Desportiva, estava em um bom dia e fez boa defesa.
Na segunda etapa o Vitória tomou conta da partida, dando poucas chances de ataque à Desportiva, mas pecou na finalização e na construção das jogadas, e o 0x0 não saiu do placar. A melhor chance do Vitória, inclusive, foi logo no início da primeira etapa, quando Marcelinho cobrou falta perigosa por cima do gol.
Do lado da Desportiva, uma atuação pouco inspirada ofensivamente nos dois tempos. A melhor oportunidade da equipe grená veio aos 11 minutos da segunda etapa, quando Rafael Gelatti finalizou da entrada da área, Luis Carlos espalmou e Luiz Felipe, no rebote, não conseguiu finalizar. Ele reclamou de ter sido puxado, mas o juiz nada marcou.
Ao final da partida, a primeira grande confusão: ao afastar a bola para a lateral, Rafael Gelatti tentou chutar a bola em direção ao banco de reservas do Vitória, dando início a um bate-boca entre jogadores e equipe técnica dos dois clubes. Os ânimos acabaram sendo acalmados rapidamente e a partida foi retomada sem que cartões fossem mostrados.
Mas, após o jogo, outra confusão, dessa vez envolvendo torcidas organizadas. Um torcedor da Desportiva invadiu o gramado e o atravessou para tentar arrancar uma faixa da torcida organizada do Vitória, que por sua vez, invadiu o campo e, além de impedir o “roubo” da faixa, também atacaram o torcedor grená com pedaços de madeira.
A polícia acabou intervindo com tiros de balas de borracha e conteve a briga, detendo o torcedor da Desportiva. Em seguida, os torcedores do Vitória foram ao centro do campo e exibiram a faixa em tom de provocação à torcida rival.
Substituto de Vitor Rangel (que recentemente assinou com o Nova Iguaçu para jogar a Série D do Brasileirão) no comando do ataque da Desportiva, o atacante Luiz Felipe disse que foi puxado no lance polêmico ocorrido na segunda etapa do jogo, mas que respeita a decisão da arbitragem de não marcar a penalidade.
“Difícil missão substituir nosso craque Vitor Rangel, mas estou trabalhando bastante para suprir a ausência dele. Sobre aquele pênalti não marcado, é lance de jogo. Infelizmente o juiz não marcou, mas não vou ficar dando desculpa de que a gente não ganhou por isso ou por aquilo. Agora é trabalhar e conquistar os três pontos na próxima partida. Sim, eu fui puxado, mas é decisão do árbitro”.
Já o zagueiro do Vitória, Rodrigo Rocha, disse que apesar do desejo da equipe de vencer em casa, o placar ficou de bom tamanho.
“Sabíamos da dificuldade que seria esse clássico, esse tipo de jogo é sempre díficil. Queríamos vencer, o placar não foi o que a gente queria, mas ficou de bom tamanho pelo que aconteceu na partida”.
Elogio
Na saída para o intervalo, o atacante do Vitória, Patrick, chegou a tecer elogios ao goleiro Andrey, da Desportiva, para justificar a dificuldade da equipe em abrir o marcador. “Clássico se define em detalhes e o Andrey é um goleiro muito qualificado”.
Com o empate, o Vitória agora está na terceira colocação, com 4 pontos conquistados, e na próxima rodada enfrenta o Vilavelhense, novamente no Salvador Costa. Já a Desportiva termina na segunda colocação com 5 pontos conquistados, e folga na próxima rodada.
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