Remo capixaba comemora 30 anos da conquista de medalha inédita
Campeões brasileiros em 1993 e medalhistas no Sul-Americano da época, remadores capixabas se reencontram na baía de Vitória após 30 anos
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A prova de remo conhecida como 8+ ou oito com timoneiro, é a mais clássica da modalidade. É a única, além do single skiff, a estar presente em todas as Olimpíadas desde 1900.
Com tantos anos de existência, o Espírito Santo – que tem o remo como um dos esportes mais tradicionais de sua história – não poderia ficar de fora dessa trajetória.
Ele realmente não ficou. Há 30 anos, uma guarnição capixaba entrou para a história ao conquistar o primeiro título brasileiro da equipe na categoria. E não só isso: no mesmo ano, eles representaram o Brasil no Sul-Americano e voltaram com duas medalhas.
Para comemorar esse feito, os atletas capixabas decidiram remar juntos mais uma vez para relembrar a marca histórica conquistada em 1993. Fabrício Tomaz, que foi um dos campeões daquele ano, contou o motivo do reencontro:
“A amizade e a surpresa de já terem se passado 30 anos de uma conquista histórica para o remo capixaba, que foi o primeiro título de um 8+ no Brasileiro”, começou ele, que revelou também como foi voltar ao mar com as mesmas pessoas que compartilharam o feito.
“É quase indescritível. A emoção teve início desde quando começamos a programar o reencontro. A energia da receptividade de todos com a ideia foi maravilhosa. Relembrar as brincadeiras e reafirmar o nosso compromisso e responsabilidade com o esporte é essencial. Esse legado é um diferencial que vivemos em nosso dia a dia”, disse Fabrício, que era o contra-vago no barco.
Dos remadores que estavam nas competições em 1993, apenas dois não puderam comparecer ao reencontro: Eduardo Kill, que mora nos Estados Unidos há 25 anos, e Rafael Carneiro. Por isso, a foto foi composta pelo técnico João Luiz (timoneiro), Vinícius (voga), Fabrício Tomaz (sota-voga), Flávio Lafond (contra-voga), Arlindo Neném (1º centro), Dione (2º centro), Victor (contra-proa), Umberto Malenza (sota-proa) e Bruno Conceição (proa).
Fabrício ressaltou que, na reunião, também foram lembradas pessoas essenciais para o grupo.
“Uma dessas pessoas foi o saudoso Gelson Cortelette, que na época era auxiliar do João Luiz, que até hoje é técnico do Álvares”, contou.
Com o remo fazendo parte do DNA dos atletas, muitos seguem na modalidade. “Aqui temos a Associação Master de Remo do Espírito Santo (Amares), um grupo de atletas que treina todos os dias, compete e promove encontros. A associação possui membros entre 27 e 92 anos”, revelou Fabrício.
“O remo vem passando por uma reformulação em sua trajetória. Como sempre tivemos atletas capixabas em seleções e campeonatos de nível internacional, o apoio de empresas e do governo deve ser aproveitado ao máximo”, finalizou o remador.
Saiba mais
Histórico
O Barco oito do Álvares Cabral foi vencedor de seu páreo no XI Campeonato Brasileiro Júnior de remo em 1993, tornando-se a primeira equipe capixaba a conquistar o título.
A guarnição também representou o Brasil no Sul-Americano daquele ano e conquistou a medalha de prata no 8+, além do bronze na prova 4+.
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