Relembre os capixabas que fizeram história nas Olimpíadas
Nove atletas do Estado ganharam medalhas em diferentes edições das Olimpíadas
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Nos Jogos Olímpicos, há uma magia única que transcende fronteiras e une nações em torno do espírito esportivo. Desde sua origem na Grécia Antiga, por volta de 776 a.C., eles evoluíram para se tornar um dos maiores eventos globais, celebrando não apenas o talento atlético, mas também a perseverança, a determinação e a capacidade humana de superar desafios.
Os Jogos de Paris 2024 estão se aproximando, com duração da próxima sexta-feira (26) a 11 de agosto, e esta será, oficialmente, a 30ª edição das Olimpíadas de Verão, com a primeira delas na Era Moderna tendo acontecido em Atenas, em 1896.
Dentro desse cenário, destacam-se alguns atletas do Espírito Santo, que, com garra e dedicação, conquistaram suas medalhas olímpicas, gravando seus nomes na história do esporte e enchendo de orgulho o coração dos conterrâneos.
A primeira vez que uma delegação brasileira participou dos Jogos Olímpicos foi em 1920, em Antuérpia, na Bélgica. Assim, levou 68 anos para que um atleta do do Estado fosse coroado com uma medalha no maior evento multiesportivo do mundo.
Desde 1988, nove capixabas já tiveram a honra de subirem ao pódio olímpico. Geovani, no futebol, foi o primeiro. E Alison Cerutti abriu as portas para a medalha de ouro. Com relação às modalidades, tivemos medalhistas no futebol, vôlei de praia e boxe.
No esporte mais popular do país, além de Geovani (prata), Sávio (bronze), Richarlison (ouro) e Luan Garcia (Ouro) também medalharam.
Nas areias do vôlei, foram três ganhadores: Alison (prata e ouro), Fábio Luiz (prata) e Larissa França (bronze).
E, por fim, no boxe, os capixabas que conquistaram medalhas foram os irmãos Yamaguchi (bronze) e Esquiva (prata) Falcão.
Personagens
> Geovani Silva | Prata em Seul, 1988
Pioneiro no Estado
Há 36 anos, Geovani Silva foi o primeiro capixaba a ganhar uma medalha olímpica. Na época, o futebol brasileiro ainda buscava o sonho do ouro olímpico e nos Jogos de Seul, em 1988, o Brasil foi derrotado na final pela União Soviética por 2 a 1, ficando apenas com a prata.
Na campanha, o Brasil fez parte do Grupo D, juntamente com Austrália, Iugoslávia e Nigéria. Nas quartas de final, eliminou a Argentina e, nas semis, a Alemanha, até perder para os soviéticos na decisão. Geovani não entrou na partida.
> Sávio | Bronze em Atlanta, 1996
Segundo medalhista
Nos Jogos de Atlanta, em 1996, foi a vez do atacante Sávio, de Vila Velha, representar o Espírito Santo no futebol masculino. O Brasil, treinado por Zagallo, ficou com o bronze naquela oportunidade, após golear Portugal por 5 a 0.
Na fase de grupos, o Brasil esteve na chave D e disputou contra Nigéria, Japão e Hungria. Nas quartas de final, passou por Gana, mas foi eliminado pelos nigerianos na semifinal, perdendo por 4 a 3, na prorrogação. Sávio entrou em campo a poucos minutos do fim.
> Fábio Luiz | Prata em Pequim, 2008Depois de 12 anos
Natural de Marataízes, Fábio Luiz, no vôlei de praia, voltou a representar o Estado no pódio olímpico. Na única participação dele em Olimpíadas, o atleta conquistou a prata nos Jogos de Pequim, em 2008, ao lado do cearense Márcio Araújo.
Em uma campanha de sete jogos, a dupla teve cinco vitórias e duas derrotas. Na final, eles foram vencidos pelos americanos Rogers e Dalhausser, por 2 sets a 1.
> Larissa França | Bronze em Londres, 2012
Primeira mulher
Larissa França foi a primeira e única medalhista mulher, até o momento, pelo Estado. Juntamente com sua parceira Juliana Silva, elas ganharam o bronze nas Olimpíadas de Londres, em 2012, após derrotarem as chinesas Zhang e Xue, de virada, por 2 sets a 1, na decisão de terceiro lugar.
A atleta, nascida em Cachoeiro de Itapemirim, já havia disputado os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e ficado em quinto lugar. E em 2016, no Rio de Janeiro, ficou na quarta posição.
Larissa é reconhecida por ser uma liderança dentro e fora das quadras.
> Esquiva Falcão | Prata em Londres, 2012Prata inédita
Nas Olimpíadas de Londres, em 2012, os capixabas Yamaguchi e Esquiva Falcão , filhos de Touro Moreno, colocaram o Brasil em um pódio olímpico no boxe após 44 anos de jejum.
Esquiva garantiu a prata no peso-médio (até 75kg), tendo perdido para o japonês Ryoto Murata por apenas um ponto. O japonês foi decretado vencedor por 14 a 13, depois dos descontos no terceiro round para o brasileiro.
> Yamaguchi Falcão | Bronze em Londres, 2012Primeiro a medalhar no boxe
Horas antes do irmão conseguir a medalha de prata, Yamaguchi lutou na categoria dos meio-pesados (até 81kg) e garantiu a medalha de bronze para o Brasil.
Na ocasião, ele foi derrotado na semifinal pelo russo Egor Mekhontcev por 23 a 11.
> Alison Mamute | Prata em Londres (2012) e Ouro na Rio 2016
Inaugurou o ouro para o Estado
Atleta do vôlei de praia oriundo de Vitória, Alison Cerutti foi o primeiro capixaba a conquistar o ouro olímpico. Em sua primeira participação, em 2012, ganhou a medalha de prata ao lado de Emanuel .
No ciclo seguinte, no Rio, “Mamute” trouxe a medalha de ouro para o Estado ao lado de Bruno Schmidt - que é nascido em Brasília, mas mora com a família no Espírito Santo há alguns anos.
A dupla festejou a conquista andando no carro de bombeiros na capital capixaba. Posteriormente, separados, Alison e Bruno disputaram as Olimpíadas de Tóquio, mas perderam antes da semifinal.
> Luan | Ouro na Rio 2016Primeiro ouro para o futebol
Em 2016, a Seleção Brasileira subiu, pela primeira vez no futebol, no lugar mais alto do pódio olímpico.
Um dia após o ouro de Alison no vôlei de praia, Luan, natural de Vitória, e zagueiro do Vasco na época, mas hoje no Toluca, do México, estava no elenco campeão. Na ocasião, o Brasil derrotou a Alemanha, nos pênaltis, por 5 a 4, depois do empate por 1 a 1.
Na base da Seleção, em 2013, Luan foi capitão do time no Sul-Americano e, no Pan de Toronto 2015, conquistou o bronze.
> Richarlison | Ouro em Tóquio, 2021
Conquista mais recente
O último capixaba a conquistar uma medalha olímpica foi o atacante Richarlison. Em 2021, nos Jogos de Tóquio, o Brasil ganhou da Espanha na decisão, por 2 a 1, e sagrou-se bicampeão.
O “Pombo”, que é nascido em Nova Venécia, foi titular na campanha e terminou como artilheiro da edição com cinco gols marcados.
Ele igualou Romário e Bebeto, que também haviam sido artilheiros em Jogos Olímpicos. Romário em Seul, 1988, com sete gols e Bebeto, em Atlanta, 1996, com seis.
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