Dupla fortalece cenário do Muay Thai no ES
Bruno Olímpio e Laércio Silva unem força e parceria e lideram a formação de alunos na modalidade no Espírito Santo
Com estilos complementares, filosofia alinhada e um trabalho diário que já impacta mais de 60 alunos, Bruno Olímpio e Laércio Silva formam hoje uma das duplas atuantes na construção de um Muay Thai forte e acessível no Espírito Santo.
A Escola de Muay Thai da Cafis, em Jardim Camburi, funciona como um centro vivo dessa parceria. Bruno, mestre, mentor e referência técnica, e Laércio, professor formado, responsável pelo treino do dia a dia e líder do BOT (Bruno Olímpio Team), dividem o tatame e multiplicam resultados.
Juntos, criaram um ambiente que ultrapassa a lógica de academia: é formação humana, disciplina e pertencimento.
Bruno Olímpio, criador do método seguido pela equipe, é o pilar técnico do projeto. Ele acompanha a evolução individual, define diretrizes e mantém a tradição e a essência da modalidade.
Laércio, baiano de 29 anos radicado na Serra, com 14 anos de prática e nove de sala, é o braço direito do mestre e está todos os dias no tatame, vendo a evolução de cada aluno de perto, da postura à mentalidade.
E essa união tem dado frutos. A próxima graduação, que acontece no sábado, às 9 horas, envolve sessenta alunos de 11 a 70 anos, com tempos de treino que vão de seis meses a sete anos. Um mosaico humano que reúne iniciantes, graduados e futuros instrutores no mesmo ambiente.
“O aluno é avaliado diariamente, o dia do exame usamos para confraternizar de maneira prática, com treino físico e técnico um pouco mais puxado que o normal para fazer o aluno valorizar ainda mais a recompensa recebida no dia”, conta Laercio.
Quando perguntados se algum nome se destaca, a resposta da dupla é a mesma:
“Todos. Porque todos estão em constante superação.”
A graduação não é um prêmio de vitrine; é um reconhecimento construído treino após treino, suor após suor. O dia do exame, que virou tradição, reflete exatamente essa mentalidade.
Em vez de tensão, uma grande confraternização prática: um treino mais intenso que o habitual, pensado para que cada aluno perceba a própria evolução e valorize seu novo grau.
Modalidade vai do bem-estar ao esporte de alto rendimento
Arte marcial criada na Tailândia há séculos, o Muay Thai ultrapassou fronteiras, deixou de ser apenas uma tradição oriental e se transformou em um dos esportes de combate mais praticados no Brasil.
Conhecida como “a arte das oito armas”, por utilizar punhos, cotovelos, joelhos e canelas, a modalidade combina técnica, resistência, disciplina e força mental.
No Brasil, o Muay Thai começou a ganhar espaço a partir da década de 1980, impulsionado inicialmente por academias no eixo Rio-São Paulo.
Com o passar dos anos, o crescimento foi consistente, principalmente com a popularização dos eventos de lutas, a chegada das competições profissionais e a conexão direta com o MMA, que levou a modalidade ao grande público.
Bruno Olímpio, mestre, e Laércio Silva, professor do Bruno Olímpio Team, contam que para quem está iniciando ou deseja praticar a modalidade, o primeiro passo é frequência e participação nos treinos
“Nosso foco é mostrar que o Muay Thai é para todos independente do objetivo, seja ele competição, bem-estar ou melhora na condição física. Somos uma equipe antiga com trabalho sólido aqui no Estado e temos nosso padrão de ensino focado no aprendizado da luta, mostrando que é possível atingir cada meta buscada”, explica Bruno Olímpio.
Hoje, o Muay Thai está presente em todas as regiões do país, incluvie forte no Espírito Santo, com federações organizadas, campeonatos estaduais, nacionais e atletas brasileiros se destacando em competições internacionais.
Mais do que um esporte de alto rendimento, a prática também se consolidou como ferramenta de inclusão social, formação de jovens e promoção da saúde.
Além da performance competitiva, o Muay Thai se destaca pelo impacto fora do ringue. Nas academias, a modalidade trabalha valores como respeito, constância, superação e disciplina, pilares que formam não apenas atletas, mas cidadãos.
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