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Renato Cariani rebate acusações e faz vídeo para explicar mensagens usadas pela PF

Influencer foi alvo de uma operação contra um suposto esquema de desvio de produtos químicos para fabricação de crack e cocaína


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Imagem ilustrativa da imagem Renato Cariani rebate acusações e faz vídeo para explicar mensagens usadas pela PF
Renato Cariani negou ações fraudulentas na venda de produtos |  Foto: Reprodução/Instagram Renato Cariani

Em uma live em seu perfil no Youtube, o influenciador Renato Cariani, 47, rebateu as acusações que vem sofrendo desde que ele e a empresa da qual é sócio viraram alvo de uma ação da Polícia Federal contra um suposto esquema de desvio de produtos químicos para fabricação de crack e cocaína, na terça (13).

Cariani disse ter tido acesso ao processo somente nesta quarta-feira (13) e, por essa razão, decidiu se pronunciar sobre o caso agora.

"Eu preciso preparar minha defesa. Existe toda essa repercussão da mídia, mas existe minha lisura também. Eu não posso sabotar a minha defesa, porque corre em segredo de Justiça. Por isso tive que expor todas as mensagens da mídia, porque não sou eu explanando o que corre em segredo", disse o influenciador, que usou reportagens jornalísticas como base para rebater as acusações.

Conforme a PF, de 2014 a 2020, foram desviadas 12 toneladas de produtos químicos como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila, em total avaliado em R$ 6 milhões. Essa quantidade de produtos seria suficiente para produzir 19 toneladas de cocaína e crack, diz a investigação, que abasteceram o mercado interno brasileiro por meio de organizações criminosas.

Segundo o influenciador, multinacionas gigantes estão ligando para ele, preocupadas com questões de compliance em relação a sua empresa, a Anidrol Produtos para Laboratórios.

O primeiro ponto comentado por Cariani foram prints de conversas entre ele e uma sócia no ano de 2014, que levantou a possibilidade de uma possível fuga. "Graças a Deus essa semana é curta, poderemos trabalhar no feriado para arrumar de vez e fugir da polícia", teria sido um trecho da conversa, segundo a narrativa do influenciador.

"Ali é uma conversa com dois sócios. Quem tem empresa sabe como é ser empresário no Brasil. Ali é um desabafo de dois sócios. Quando você é empresário no Brasil você tem carga tributária, daqui a pouco baixa uma fiscalização na tua empresa. Vem uma reclamação de cliente, um atraso de fornecedor. É um estresse na tampa o tempo todo", disse.

Ele disse que vai pedir que seja levantada a autenticidade das conversas, uma vez que elas ocorreram há bastante tempo.

"Ninguém aqui está fugindo da polícia. Ninguém trabalha no final de semana para fugir da polícia. O que está sendo claro nesse texto, vou ver e entender isso, porque faz dez anos, é que provavelmente, na semana seguinte nós teríamos uma fiscalização, uma auditoria do meio ambiente, é a divisão de meio ambiente da Polícia Civil", justificou.

Conforme Cariani, a visita dos agentes públicos acontece anualmente em empresas e indústrias com o objetivo de renovar licenças. Ao falar em "arrumar de vez", ele diz se referia a fazer uma checagem. "Sermos rigorosos para, na auditoria, não termos nenhum tipo de punição."

Um outro ponto abordado foi sobre o uso do termo "puríssima", também citado nas investigações, que, conforme Cariani, não teria relação com a suposta fabricação de drogas, mas sim ao cloreto de sódio, material utilizado na indústria farmacêutica para a produção de soro fisiológico, que necessita de um grau de pureza maior, sem acréscimo de outras substâncias, segundo sua justificativa.

Cariani também negou ações fraudulentas na venda de produtos. Segundo ele, houve a venda para um parceiro de um item com um grau menor de pureza, mas tudo dentro de legalidade.

O influenciador mencionou as suspeitas de ligação de sua empresa com o tráfico de drogas e a emissão de 60 notas frias em um período de seis anos, em valores que somam R$ 6 milhões, de acordo com a Polícia Federal.

"Parece que sou sócio de uma empresa que foi criada para sustentar bandido. Parece que sócio de uma empresa que foi criada para produzir insumos para droga. Estão vinculando a minha empresa a partido de organização criminosa. Colocando nomes de substâncias entorpecentes", declarou no vídeo.

Segundo ele, entre 2014 e 2019 foram emitidas cerca de 72 mil notas fiscais emitidas, um número relativamente alto em comparação às 60 supostas notas com algum tipo de irregularidade.

"Eu não estou dizendo que não há aqui dentro um risco. Há. O que estou deixando claro para vocês é que essa empresa é uma empresa que tem 42 anos de história. Foi fundada em 1981. Eu tenho uma sócia que é um exemplo de pessoa. Que criou essa empresa do zero. Eu trabalho com ela desde o ano de 2000 nessa empresa. E as pessoas estão massacrando na mídia isso. Tem muita coisa para esclarecer", afirmou.

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