Renato Cariani diz que teve um dos piores dias de sua vida depois de operação da PF
Influenciador fitness voltou a postar rotina de alimentação e fazer publicações oferecendo seu curso digital
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O empresário e influenciador Renato Cariani, 47, disse, em publicação em rede social, nesta quarta-feira (13), ter passado por um dos piores dias de sua vida ao ser alvo de busca e apreensão em operação da Polícia Federal que investiga desvios de produtos químicos para a produção, refino e aumento do volume de crack e cocaína.
"Ontem [terça, 12], eu tive um dos piores dias da minha vida. É muito difícil a cada notícia ver o quanto você é machucado, ferido, a quantidade de absurdos que são escritos. A forma com que a mídia se apropria da sua imagem e constrói uma coisa horrorosa", disse em publicação no Instagram.
"Hoje eu acordei falando o seguinte: eu vou fazer o meu dia como eu tenho que ser, cheio de energia, força coragem, afinal de contas eu sei a pessoa que eu sou, eu sei o trabalho que eu faço, eu sei o quanto eu luto todos os dias para construir toda a minha história, a minha jornada. Para construir as minhas empresas, então isso não vai me derrubar", afirmou, agradecendo pelas mensagens de apoio que tem recebido.
Na mesma rede social, horas depois do cumprimento dos mandados, ele voltou a postar rotina de alimentação e fazer publicações oferecendo seu curso digital com guia de alimentação e treinos para emagrecimento.
A empresa Anidrol foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão em operação da Polícia Federal, que investiga desvios de 12 toneladas de produtos químicos, com utilização de notas fiscais falsas, para a produção e refino de cocaína e crack. Mais de 70 policiais cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em endereços em São Paulo, no Paraná e em Minas Gerais.
Segundo as investigações, foram utilizadas 60 notas frias, em valores que somam R$ 6 milhões, no período de seis anos. Os produtos desviados seriam suficientes para a produção de até 19 toneladas de drogas, de acordo com a PF.
As investigações apontaram ainda que os envolvidos usavam terceiros e também abriam empresas fictícias para esconder a procedência ilícita do dinheiro.
Na terça, Cariani publicou vídeos dizendo que foi pego de surpresa pela operação e que não teve acesso à investigação, mas que estava tranquilo.
A reportagem procurou o influenciador via ligações no celular, mensagens na rede social e ligações na empresa, mas ninguém respondeu aos contatos.
"Pela manhã fui surpreendido pelo cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei. Os meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver o processo e aí sim eu vou entender o que consta nessa investigação", afirmou em um deles.
Ele ainda disse que a empresa tem mais de 40 anos e opera com todas as licenças necessárias.
Cariani reforçou que os advogados ainda não tiveram acesso à investigação e que quando isso ocorrer ele se pronunciará.
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