Mingau: segundo suspeito de envolvimento em ataque é preso em Paraty
Baixista da banda Ultraje a Rigor está internado há mais de dez dias em estado grave
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A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta sexta-feira (15) Ray Limeira Belchior, 19, suspeito de envolvimento na tentativa de homicídio de Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, da banda Ultraje a Rigor.
Segundo o comando da unidade, foi Ray quem anunciou que o músico estava entrando na comunidade. A prisão aconteceu na Ilha das Cobras, em Paraty, na Região da Costa Verde do Rio de Janeiro.
Policiais militares receberam a denúncia de um homem que poderia estar com posse de armas e drogas. No local, o suspeito confessou ter uma pistola e drogas.
Durante as buscas, foram apreendidos uma pistola, 2 carregadores, 23 munições, um aparelho de celular, um fone de rádio comunicador, 27 trouxinhas de maconha, 4 pacotes de maconha, aproximadamente 750 g de crack, 66 sacolés de cocaína, 1568 pedras de crack, 2 balanças de precisão, farto material para endolação e uma mochila.
O material apreendido foi apresentado na 167ª DP (Paraty), onde o caso foi registrado.
Ray é o segundo preso suspeito de envolvimento no ataque. Além dele, há João Vitor da Silva, conhecido como Relíquia, preso desde o dia 3.
Ainda há mais dois suspeitos, segundo a polícia. Já existem mandados de prisão temporária, expedidos pela Justiça desde o dia 6.
ESTADO DE SAÚDE DE MINGAU
Mingau está internado há mais de dez dias em estado grave. Ele foi baleado na cabeça no dia 2 de setembro, em Paraty (RJ), e segue sob ventilação mecânica na UTI do Hospital São Luiz do Itaim, da Rede D'Or, em São Paulo.
O último boletim, divulgado no dia 13, informava que o músico seguia em estado grave após passar por uma traqueostomia. Ao UOL, o hospital informou que não houve alteração no quadro até a manhã desta sexta-feira (15).
O que se sabe até o momento:
Mingau foi baleado na cabeça na Praça do Ovo, no bairro Ilha das Cobras, em Paraty (RJ), na noite de 2 de setembro. Mingau tem uma pousada em Paraty e estava na cidade a negócios.
No dia 3, a Polícia Civil do RJ abriu um inquérito para investigar o caso. Um amigo que acompanhava Mingau teria mudado a versão em depoimento à polícia, segundo a Folha de S.Paulo.
O homem teria dito aos policiais, inicialmente, que teria ido ao local com Mingau para comprar drogas. Depois, na delegacia, teria dito que os dois estavam lá para comprar um lanche.
No mesmo dia, um suspeito foi preso após uma denúncia anônima. Com ele, foram encontradas uma pistola calibre 40, drogas, dois carregadores e kit rajada. "[A arma] será encaminhada para exame de perícia [...] No local do crime foram recolhidos estojo e projéteis do mesmo calibre da arma apreendida", disse a polícia na ocasião.
"Outros três acusados foram identificados e diligências seguem para localizar os envolvidos. A investigação está em andamento", informou a Polícia Civil, em nota.
O delegado responsável pelo caso disse que conseguiu "fechar o quebra-cabeça" do caso, na segunda-feira (4), em entrevista ao Brasil Urgente (Band). "Os integrantes dessa facção praticam o tráfico de forma armada e, nesse caso, o veículo da vítima entrou em um local, precisamente na Praça do Ovo, onde nós temos uma boca de fumo, um local conhecido como ponto de compra e venda de drogas ilícitas. É uma área perigosa, que deve ser evitada", disse Marcello Russo.
Segundo ele, o carro de Mingau pode ter "assustado" os criminosos. "Ao passar no quebra-molas, segundo informações, tenha talvez chamado a atenção de forma que assustou os criminosos e eles efetuaram esse disparo contra o veículo", completou o delegado.
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