X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Famosos

“Me chamava de gorda”, diz Ana Hickmann sobre ex

A apresentadora contou detalhes sobre a agressão causada pelo marido e afirmou que sofreu abuso psicológico por anos


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem “Me chamava de gorda”, diz Ana Hickmann sobre ex
Ana Hickmann revelou que o marido, Alexandre Correa, pressionava para ela fazer cirurgia plástica |  Foto: Divulgação

Em sua primeira entrevista após ter sido agredida pelo marido, Alexandre Correa, no dia 11 de novembro, a apresentadora Ana Hickmann, de 42 anos, contou detalhes sobre a agressão e afirmou que, além de violência física, sofreu abuso psicológico durante anos por parte do empresário, de 51 anos.

“Escutei muito que estava gorda. Ele dizia: ‘Ninguém vai te querer velha. Está gorda. Ninguém quer uma Ana Hickmann velha'”, desabafou. Segundo a apresentadora do “Hoje em Dia”, Alexandre também controlava sua agenda. “Determinava o dia da academia, do médico, me pressionava para fazer cirurgia plástica. Eu disse: ‘chega, não sou um objeto'”.

Leia mais sobre Famosos

Ela descreveu o marido como “preconceituoso”, “agressor”, “covarde” e “canalha” e sugeriu que Alexandre será alvo de “uma grande investigação por fraude, desvio de dinheiro e falsidade ideológica”.

Ana Hickmann disse ainda na entrevista que solicitou o divórcio de Alexandre utilizando a Lei Maria da Penha, que protege vítimas de violência doméstica e pode acelerar o processo.

“Dei entrada pela Maria da Penha. A lei está aí para nos proteger. Foi criada por conta de uma mulher que foi vítima disso e tantas outras que também foram vítimas. A lei, que é cada vez mais forte, me protegeu”, disse Ana.

A promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Celeste Leite dos Santos, explica o que mudou na Lei Maria Penha a partir das alterações que entraram em vigor em outubro 2019.

“A mudança na lei permite que o próprio juiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar possa decretar o divórcio. Em situações que não envolvam agressão contra a mulher ou crianças, o divórcio é regulado pela Vara de Família. Essa mudança entende que a vítima está em risco e o processo de separação precisa ser mais rápido”, explicou Celeste.

Cão

Uma curiosidade que a apresentadora contou foi que, durante agressão cometida por seu marido, ela foi protegida pelos seus cães. Fani e Joaquim, os pets, obedeceram a sua ordem de avançar sobre o empresário durante a briga.

“Os meus cachorros estavam atrás de mim, a Fani e o Joaquim, latindo muito por conta da briga. Toda vez que ele gritava, os cachorros ficavam muito alterados. Eu gritei ‘pega!’ e o cachorro pegou”.

Dificuldade de identificar violência

A dificuldade de identificar que está sendo vítima de violência de gênero é um dos motivos que leva mulheres a não denunciar seus agressores, segundo a advogada especialista em Direito das Famílias Mylenna Preato Dimbarre.

Ela observa que, em recente pesquisa do Senado, do Mapa Nacional da Violência de Gênero, a principal violência sofrida pelas mulheres é a psicológica, seguida da violência moral e, depois, a física.

“Muitas mulheres sofrem diariamente violência psicológica, moral e também patrimonial, e não se dão conta de que estão sendo vítimas e que podem, e devem, buscar refúgio e proteção do Estado, seja por meio das delegacias, das casas de acolhimento e também pelo Poder Judiciário”, diz.

Isso porque, destaca, a Lei Maria da Penha considera como forma de violência doméstica e familiar contra a mulher não só a violência física, mas a violência psicológica, sexual, patrimonial e moral.

De acordo com o Anuário Estadual da Segurança Pública 2023, 18 mulheres denunciam agressões todo os dias no Espírito Santo e mais de 7 mil mulheres pediram ajuda da PM para evitar aproximação de agressores, no ano passado.

A socióloga, advogada, pesquisadora em gênero e raça Layla Freitas destaca que a mulher enfrenta vários medos. “São muitos: que o agressor volte para casa, que o Estado falhe com a vítima, o medo de não conseguir manter sua casa e seus filhos, pelo agressor ser a única fonte de renda. Também há o medo de ser constrangida pela sociedade, julgada”, observa.

A advogada destaca que a Lei Maria da Penha tem 26 atualizações, mas a parte preventiva ainda é considerada falha por ela. Outro ponto, segundo a advogada, é a necessidade de cursos para agentes que atendem essas vítimas, para que não causem novos traumas.

A psicóloga, psicanalista e professora doutora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Claudia Murta destaca que o machismo estrutural está implicado na impunidade.

“O Estado colabora bastante, tem muitos equipamentos. Claro, quanto mais tiver, melhor. Não é questão pessoal ou exclusiva do Estado. É uma questão social e que envolve Estado, indivíduo e sociedade de uma maneira ampla”.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: