Jô Soares era bisneto de ex-governador do Espírito Santo
Jô era fluente em português, inglês, francês, italiano e espanhol e sonhava ser diplomata
Jô Soares fez carreira no televisão, ficando conhecido pelos programas de humor e de entrevistas. No entanto, antes de se tornar artista, José Eugênio Soares, como foi batizado pelos pais, o empresário paraibano Orlando Heitor Soares e a dona de cada Mercedes Pereira Leal, tinha um sonho de ser diplomata.
O lado político estava no sangue de Jô. A Revista Fórum destacou que ele era bisneto de Filipe José Pereira Leal, diplomata e político, que no Brasil Imperial, foi governador do Espírito Santo. Atrás do sonho de seguir carreira no Itamaraty, Jô estudou no Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, e no Lycée Jaccard, na Suíça.
Jô era fluente em português, inglês, francês, italiano e espanhol, requisitos para um diplomata - é necessário ser fluente em outros idiomas. No entanto, a arte entrou na vida de Jô e nunca mais saiu.
Na década de 50, após estrelar inúmeros filmes de comédia, Jô estreou na televisão escrevendo os textos de programas para a TV Rio. Em São Paulo, foi responsável pelos textos de humor do programa "Simonetti Show", na TV Tupi.
Depois passou pela Record TV, onde estrelou com Carlos Alberto de Nóbrega, o programa "A Família Trapo". Na década de 70, trabalhou na TV Globo, fazendo na emissora diversos programas até ganhar seu primeiro humorístico "Viva o Gordo", em 1981.
Foi em 1988, que o humorista chegou ao SBT com a proposta de renovar as noites de segunda-feira com o sofisticado humor no programa rebatizado de "Veja o Gordo" e teve uma mudança na carreira, quando começou apresentar o talk show "Jô Soares Onze e Meia".
Em 2000, Jô retornou para a TV Globo, mantendo o estilo de talk show criado no SBT, em "Programa do Jô", permanecendo no ar até 2016.
Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira (5), aos 84 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado por conta de uma pneumonia desde o dia 28 de julho.
Comentários