“Fui muito discriminada”, diz Roberta Close
Hoje Roberta, 58, vive em Zurique, na Suíça, com o empresário suíço Roland Granacher, com quem está casada há 35 anos
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Prestes a contar sua história em filme, a modelo transexual Roberta Gambine Moreira, a Roberta Close, tem desabafado sobre seu passado no Brasil.
Um dos episódios que mais a marcou foi o fato de não conseguir ter o direito de registrar o nome feminino em seus documentos. Isso só aconteceu em 2005.
“Fui muito discriminada. Meu corpo não me pertencia, pertencia ao Estado. Até que uma juíza, muito justa e sensata, me defendeu e consegui mudar meu nome para Roberta”, lembra.
Quando abriu o processo para a mudança de nome, Roberta já havia feito a cirurgia de redesignação sexual, em Londres, em 1989.
Em família, as dificuldades também foram muitas. “Recebi castigo dos meus pais, tratavam de uma forma que era como se fosse uma coisa que estava fazendo que não compreendiam. Não é como hoje que as pessoas são ensinadas a lidar com essas comunidades. Tudo era um grande acontecimento. Eu ia à praia, à boate e era um grande acontecimento”.
O filme será rodado por uma produtora da Colômbia e comercializado por um canal de streaming nos Estados Unidos. “Eles me convidaram e eu achei o máximo poder contar um pouco da história da minha vida. Fiquei feliz com o prestígio e de ser uma referência mundial para eles”, disse sobre a Colômbia, que tem fortes movimentos de Liberação Homossexual na América Latina.
Hoje Roberta, 58, vive em Zurique, na Suíça, com o empresário suíço Roland Granacher, com quem está casada há 35 anos. Ela foi uma das estrelas do Baile da Vogue este ano. “Comecei muito novinha no Carnaval. Foram muitos carnavais muito bem vividos na minha vida. Hoje em dia, estou mais seletiva, mas ainda gosto de curtir a folia”, completou.
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