Fabiana Karla: “O que as pessoas chamam de sorte, eu chamo de bênção”
Atriz e humorista, de 47 anos, fala sobre seus desafios no trabalho, no humor e nos relacionamentos
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Melhor do que ser feliz é tornar as pessoas felizes. E Fabiana Karla, 47, adora! Afinal, faz parte de sua missão como artista. E se engana quem acha que foi fácil o caminho até aqui. Todo seu sucesso é resultado de muita determinação.
“O que as pessoas chamam de sorte, eu chamo de bênção, e também digo que tem muito trabalho envolvido, muita entrega, renúncia, mas tem muita coisa gostosa. Tenho meu trabalho como uma grande diversão, só que a gente emprega uma energia muito grande, muito tempo valioso. Tem que se entregar. Uma pitada de sorte ajuda, mas há de ter luz sim.
Quem vê 'close', não sabe do 'corre'! Tem que trabalhar muito”, afirma ao AT2.
Realizada profissionalmente após mudar da TV aberta para o streaming, ela também vive um ótimo momento na vida pessoal e celebra nova fase, deixando os fios pretos para trás. Agora, está ruiva!
“Estava vivendo uma fase tão intensa de mergulho particular em mim! Quis colocar essa intensidade pra fora”, conta ela, que terminou o casamento de quase quatro anos com o ator Diogo Mello.
O relacionamento, segundo ele, chegou ao fim por conta da distância. Se viveria uma nova relação nesses termos? Fabiana responde: “Sim, beeeeeem à distância, de preferência com alguém que more em Marte!”, diz, aos risos.
E completa: “Agora, estou na minha fase intensa, ninguém me segura! Estou casada com meus projetos”.
“Ser feliz, para mim, é uma regra, mas nem sempre dá”
AT2 Já viveu personagens engraçadíssimas, mas a sua simpatia parece extrapolar os limites da ficção. Para você, ser feliz é uma regra?
Fabiana Karla Obrigada pelo elogio! Realmente, ser feliz, para mim, é uma regra, mas nem sempre dá para seguir essa regra, né? Sou uma pessoa que acorda feliz, mas a vida traz alguns eventos que nem sempre permitem que a levemos o dia inteiro feliz. Temos que fazer escolhas, conseguir munições para poder tocar a vida de forma mais leve, pelo menos.
E transmitir felicidade é uma missão?
Sim. Acho que tento cumprir o papel de ser entretenimento, de levar minha arte como um perfume para as pessoas, algo leve. Quero deixar uma coisa boa para as pessoas em tudo que faço. Sempre imagino com o que posso contribuir. Então, é, no mínimo, deixar pessoas felizes, entretidas. Enfim, gosto muito de estender a minha felicidade para meu público.
Fazer personagens que seguem a linha do humor torna o trabalho mais fácil?
No tempo em que vivemos, tem sido mais desafiador, porque as pessoas estão com seus ânimos exaltados. Às vezes, a gente tem que espernear um pouco para trazer esse humor. E, às vezes, a gente mesmo não consegue entregar tanto humor em meio a tanta coisa que vem acontecendo. Então, é realmente um desafio conseguir trazer o riso das pessoas à tona.
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Ir para o streaming e deixar a Globo foi uma decisão fácil?
Não, até porque fui muito abraçada pela emissora e sou muito grata. Tenho muitos sucessos nela e, na TV aberta, a gente fala para um público em geral, né? Mas tem uma hora que precisamos seguir novos caminhos e eu estava com uma inquietude dentro de mim, que não permitia ficar apenas na condição de atriz. Eles entenderam, respeitaram e continuo de portas abertas lá.
O que o público pode esperar desta nova fase?
Neste novo caminho que escolhi seguir, posso ser creator, showrunner. Tenho agora as minhas salas de roteiro, posso produzir... Estou muito feliz!
Alguns movimentos esquecem de grupos distintos que existem dentro deles?
Sim, mas deve ser também devido a alguma falta de identificação por algum outro motivo, que ainda não compreendo bem.
Espero que as pessoas comecem a perceber a mobilidade das plus size, das mulheres gordas. E que a gente não permita que a gordofobia seja um movimento que fique à parte, porque aciona vários gatilhos nas pessoas. A gente precisa falar de acessos em aviões, em hospitais com macas adequadas...
Todo esse empoderamento que sua filha Laura Simões mostra é fruto de uma semente plantada por você?
Sim. Tento ser uma mãe que planta essas sementes para que elas se enraízem futuramente. Temos um diálogo muito aberto aqui, somos muito unidos, resolvemos as coisas juntos. Mesmo eles estando longe, isso sempre foi algo muito importante. Possuímos um grupo chamado “filhos amados” e colocamos nossas questões, alegrias e “BOs”. Ainda bem que tenho uma família que divide comigo situações de vida. Isso me deixa muito feliz.
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