Coldplay e antigo empresário da banda se processam por valores milionários
Banda não seguiu com o contrato do empresário após 20 anos de trabalho
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A banda Coldplay e seu ex-empresário, Dave Holmes, estão se processando mutuamente por valores milionários.
Holmes, que gerenciou o Coldplay de 2005 a 2022, processa o grupo por £$ 10 milhões, quase R$ 63 milhões em comissões que ele alega que devia ter recebido. De acordo com o empresário, o dinheiro se relaciona a dois álbuns ainda não lançados, nos quais ele teria trabalhado com o grupo.
Já o Coldplay rejeita as alegações de Holmes e pede £$ 14 milhões, mais de R$ 88 milhões, em danos. O grupo diz que o antigo gestor permitiu que os custos da turnê se acumulassem e que ele usou sua relação com a banda para conseguir US$ 30 milhões (cerca de R$ 154 milhões) em empréstimos da produtora de shows Live Nation.
"Até onde sabemos, o Sr. Holmes usou o dinheiro obtido pelos acordos de empréstimo para financiar um empreendimento imobiliário em Vancouver, no Canadá", alegou a banda em documentos judiciais pelo jornal britânico The Times.
"Infere-se que o Sr. Holmes só conseguiu obter empréstimos no valor de $30 milhões a uma taxa de juros anual fixa de 2,72% da Live Nation em virtude de sua posição como empresário do Coldplay", continua o documento.
O mesmo texto afirma que Holmes não administrou corretamente orçamento da turnê e menciona a compra de equipamentos caros e inadequados. Em reposta, a defesa do empresário atribui as acusações a um gesto desesperado da banda para se defender do processo original.
"Acusar Dave Holmes de falhas éticas inexistentes e outros comportamentos inventados não desviará a atenção do verdadeiro problema em questão — o Coldplay tinha um contrato com Dave, eles se recusam a honrá-lo e precisam pagar a Dave o que lhe devem", afirmam.
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