Camilla Camargo: “Já presenciei fenômenos sobrenaturais”
Em entrevista a AT2, a atriz diz ter presenciado coisas que não consegue explicar e comenta sobre filme de suspense com Kayky Brito
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Já dizia Miguel de Cervantes em “Dom Quixote”: “Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem!”. Para a atriz Camilla Camargo, a frase faz bastante sentido.
Protagonista do filme de suspense/terror “A Caipora”, que tem estreia prevista para o final do ano e conta com uma trama recheada de fenômenos sobrenaturais e folclóricos, ela conta que foi testemunha de alguns.
“Já presenciei fenômenos sobrenaturais. Confesso que não gosto, mas presenciei coisas que não consigo explicar. Mas aconteceu!”, confessou, aos risos, a atriz, em entrevista ao AT2, sem entrar em detalhes sobre o que viu.
Em “A Caipora”, de Reinaldo Guedes, que combina investigação com o “desconhecido”, Camilla vive uma policial que sofre com transtorno borderline, que se caracteriza pela instabilidade de emoções e impulsividade. Ela divide o elenco com Kayky Brito, em seu primeiro papel após grave acidente no ano passado, e Nill Marcondes.
Inspiração
Camilla, que é filha de Zezé Di Camargo, tem se destacado também no Instagram, espaço onde tem 1,8 milhão de seguidores e mostra um pouco de seu dia a dia.
“Eu não me imponho a responsabilidade de ser uma inspiração, mas sei que, inevitavelmente, acabo sendo para algumas pessoas. Então, procuro transmitir coisas boas e ser uma voz positiva, sempre consciente dos meus limites. Se alguém se sentir inspirado pelo meu exemplo em seguir um caminho positivo, fico extremamente feliz!”.
Mãe de duas crianças – Joaquim, de 4 anos, e Júlia, de 3, frutos do casamento com o produtor cinematográfico Leonardo Lessa –, Camilla se desdobra para dar conta da família e do trabalho. E está cheia de planos! “No final do ano, deve estrear ‘A Caipora’. Além disso, estou iniciando alguns projetos no audiovisual, o que inclui a pré-produção de um outro filme, e ainda tem os livros que adoraria lançar”.
“Sou humana, não uma super-heroína”
AT2- Como se preparou para sua personagem em “A Caipora”?
Camilla Camargo- Comecei estudando transtorno de personalidade borderline, por ser um aspecto central na construção da minha personagem, antes de mergulhar no universo investigativo. Assisti a vários materiais, como filmes, que me inspirassem e enriquecessem a minha abordagem criativa.
Gosta de assistir a filmes de terror ou suspense?
Eu adoro! Especialmente os de suspense. Acho fascinante como eles conseguem prender a atenção de quem vê. Além dos clássicos internacionais, eu me interesso bastante pelos filmes de suspense nacionais, que, muitas vezes, exploram elementos culturais e locais de maneira singular, como é “A Caipora”.
Como foram os bastidores das gravações?
O melhor possível! Era um elenco muito querido, além de todos que ficam por trás das câmeras. Eu ia trabalhar feliz e dava altas risadas durante as filmagens.
Como foi gravar com o Kayky Brito em seu retorno após o acidente?
Eu já conhecia o Kayky, conheço a irmã dele, então fiquei muito feliz de ver o retorno dele ao trabalho. Ele é uma pessoa muito legal. Foi um parceiro de cena incrível.
Você pretende investir também na carreira de escritora?
Eu escrevi alguns livros infantis inspirados nas histórias que conto para meus filhos. Atualmente, estou em busca de uma editora que possa me ajudar a publicá-los, para que essas narrativas possam alcançar outras crianças também!
Quais são suas inspirações na literatura? E na dramaturgia?
Meu pai é uma das minhas maiores fontes de inspiração. Acredito que ele seja um dos maiores compositores e poetas do Brasil. Na literatura, tenho uma paixão por ficção. Na adolescência, eu adorava Pedro Bandeira, e hoje em dia, gosto muito de livros filosóficos, como os de Freud. No campo da dramaturgia, tenho grande admiração por atores como Lilia Cabral e Cyria Coentro, e por autores como Walcyr Carrasco, Manoel Carlos, Daniel Ortiz e João Emanuel Carneiro.
Como faz para conciliar sua vida pessoal, com duas crianças, e sua vida profissional?
Isso é um aprendizado constante. Quando voltamos ao trabalho depois de ter filhos, é preciso lidar com o sentimento de culpa por não estar presente em cada momento. Tento dar o meu melhor em tudo que faço, me dedico inteiramente, mas também sei que sou humana, não uma super-heroína. Por isso, procuro ser gentil comigo mesma e não me cobrar tanto.
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