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Economia

Vida de luxo entre líderes da “farra dos descontos”

Donos e executivos de empresas por trás das principais entidades que mantêm convênios com o INSS têm padrão de vida elevado


Imagem ilustrativa da imagem Vida de luxo entre líderes da “farra dos descontos”
Resort Ponta dos Ganchos, em Santa Catarina, onde ocorreu festa com políticos e executivos do THG |  Foto: Reprodução/Youtube Sonho e Destino

Mansões que valem mais de R$ 20 milhões, apartamentos nos bairros mais caros de São Paulo, carros de luxo, contratos públicos, negócios com lobistas e festa com políticos em resorts.

Esse é o padrão de vida dos donos e executivos das empresas que estão por trás das principais entidades da “farra dos descontos” sobre aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Essas associações mantêm convênios com o INSS que lhes permitem cobrar mensalidades associativas de aposentados, com desconto direto na folha de pagamento do benefício, em troca de supostas vantagens em serviços como plano de saúde, seguro e auxílio-funeral, que não ocorrem e nem são conhecidas pelos aposentados.

As entidades envolvidas receberam, juntas, R$ 56 milhões com os descontos de aposentados somente em maio deste ano. Todas têm em suas diretorias parentes e funcionários de empresas ligadas a um mesmo grupo de empresários que cultivam boas relações com políticos e lobistas conhecidos em Brasília.

À frente desse grupo está o empresário Maurício Camisotti, que tem como seu “braço direito” o ex-deputado Antônio Luiz Neto. Em abril deste ano, o ex-deputado reuniu empresários, senadores, deputados e até o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) em um resort de luxo em Santa Catarina, cuja diária é de R$ 10.700.

Ao todo, entre imóveis e carros, o patrimônio de Camisotti passa dos R$ 60 milhões, segundo apurou o jornal Metrópoles. Somente em nome de uma das empresas dele, foi identificada uma frota de carros luxuosos, incluindo uma Lamborghini Urus avaliada em R$ 3,1 milhões.

O Grupo THG, os seus executivos e as associações Ambec, Cebap e Unsbras/Unabrasil têm negado irregularidades e afirmado que vão adotar a biometria nas filiações, conforme determinado pelo INSS e por órgãos como o TCU.

Já Camisotti nega ter relação com lobistas e com políticos e que teve uma “relação pontual com a Precisa, que foi um empréstimo pessoal”.

Diretor de benefícios é demitido após denúncias

Após a divulgação da “farra de descontos” das entidades sobre os vencimentos de aposentados, o diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), André Fidelis, foi exonerado do cargo no último dia 5.

Segundo o jornal Metrópoles, Fidelis era responsável justamente por assinar termos de cooperação técnica com associações e sindicatos para que essas entidades oferecessem serviços, como planos de saúde, seguros e até auxílio-funeral, em troca de descontos de percentuais ou valores fixos das aposentadorias de beneficiários do INSS que fossem filiados a elas.

Essas entidades tiveram um crescimento exponencial de faturamento e de filiados em meio a uma onda de denúncias de fraudes na filiação de idosos. Somente entre 2023 e 2024, 29 entidades receberam mais de R$ 2 bilhões em descontos de aposentadorias. O faturamento mensal delas saltou de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões mensais nesse período.

Mesmo em meio à onda de denúncias, Fidelis assinou pelo menos sete novos termos de cooperação com essas entidades somente em 2024. Pesou junto à cúpula do INSS o fato de o próprio Fidelis ter omitido informações sobre esses contratos.

Em nota, André Fidelis afirma que todos os termos de cooperação firmados por ele foram devidamente instruídos pela equipe técnica da Diretoria de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (Dirben), “de acordo com a norma e com a aprovação prévia da Procuradoria Federal Especializada (PFE)”. Foram obedecidos, de acordo com Fidelis, os princípios da publicidade e legalidade.

Segundo o ex-diretor de Benefícios do INSS, sua gestão foi responsável por estabelecer critérios mais rígidos para os acordos de cooperação técnica relativos a descontos de mensalidades associativas, como a necessidade de biometria.

Fidelis nega ter omitido informações sobre contratos e termos de cooperação firmados. Diz, ainda, que apoia “integralmente” todas as investigações conduzidas pela Corregedoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF).

Saiba mais

>> Festa em resort

Empresários ligados ao Grupo THG, senadores, deputados, empresários e até um governador se reuniram no luxuoso Resort Ponta dos Ganchos, em Governador Celso Ramos (SC) para uma comemoração antecipada de aniversário. A diária lá chega a R$ 10.700.

>> Mansões e carros

Dono da THG, cujos executivos atuam nas associações envolvidas na farra dos descontos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Maurício Camisotti mora em um apartamento avaliado em R$ 9,2 milhões na capital paulista e comprou, em 2021, uma mansão em um dos condomínios de luxo em Porto Feliz (SP), por R$ 22 milhões. Pelo mesmo valor e no mesmo ano, também adquiriu uma mansão no bairro Jardim Europa, também em São Paulo.

Ao todo, entre imóveis e carros, seu patrimônio passa dos R$ 60 milhões. Uma das empresas de Camisotti tem, inclusive, uma frota de 8 carros de luxo.

>> Plano de saúde

Nos últimos anos, o empresário teria feito grandes negócios com o Poder Público. Em 2017, a Prevident, uma das empresas do grupo, conseguiu contrato de R$ 9 milhões mensais com o Geap, o plano de saúde dos servidores públicos federais.

No Geap, a Prevident subcontratava os serviços da Brazil Dental, empresa que faz parte do Grupo THG. Em 2020, no governo de Jair Bolsonaro (PL), militares que assumiram a direção do Geap resolveram trocar contratos e tiraram as empresas de Camisotti, alegando prejuízo milionário.

Já Com a Precisa Medicamentos, Camisotti também tinha outros negócios. Um deles foi relatado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf): uma operação de R$ 18 milhões que Camisotti tentou, sem sucesso, fazer em nome da Precisa, para fornecer testes de Covid ao governo do Distrito Federal.

>> Negam irregularidades

O Grupo THG, os seus executivos (incluindo Camisotti) e as associações Ambec, Cebap e Unsbras/Unabrasil têm negado irregularidades e afirmado que vão adotar a biometria nas filiações, conforme determinado pelo INSS e por órgãos como o TCU.

As entidades também pontuam que, dessa maneira, haverá mais segurança nas filiações.

Fonte: Jornal Metrópoles.

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