África tem importado DNA do gado e capim brasileiro
Intenção é desenvolver a produção local
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O gado e o capim brasileiro estão sendo destaques na África. O “DNA” dos dois produtos estão sendo importados para desenvolver a produção local.
A zootecnista e especialista em gestão pecuária Renata Erler explica que, na Angola, há um movimento de trazer gados brasileiros da raça nelore.
“O clima é muito parecido com o oeste baiano e o nelore brasileiro já está adaptado. Cada criador tem a sua linhagem e está vendo qual se adaptará melhor, mas a base de todas é o nelore brasileiro”, explicou a especialista.
Já sobre o capim, Renata Erler relata que, apesar de a base serda própria África, a alta capacidade de produção brasileira causa uma importação.
“As bases genéticas do capim utilizados em todo o Brasil, especialmente das braquiárias, tem origem africana, mas, foram geneticamente melhoradas aqui, principalmente através do trabalho desenvolvido pela Embrapa. Agora, essa mesma pastagem, com o melhoramento genético, está sendo levada para o outro lado do oceano, com seus aprimoramentos, a fim de ser utilizada para a pecuária de lá”, explica a especialista.
Erler, inclusive, está indo para a Angola gerenciar e prestar consultoria técnica em pecuária de corte para uma fazenda.
A propriedade em questão é uma antiga fazenda de café, com 30 mil hectares de extensão e que, desde 2018, investe em pecuária sustentável. Nesse cenário, Erler terá como desafio fazer o manejo do gado nelore, em uma área de mais de 20 mil hectares.
“O Brasil é um gigante no agronegócio, e está exportando seus conhecimentos e tecnologias para o mundo. Somos um grande exportador de insumos como adubos, genética e sementes para o continente africano”, afirma.
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