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Economia

Três mil vão ter de deixar home office e voltar ao trabalho presencial

Em algumas atividades, a proximidade física é vista como essencial, por isto o trabalho presencial. Cumprimento de prazos e comunicação são desafios


Imagem ilustrativa da imagem Três mil vão ter de deixar home office e voltar ao trabalho presencial
Assistente comercial de uma empresa de contabilidade, Letícia Aparecida da Silva Oliveira, de 31 anos, contou que ela e seus colegas voltaram ao local de trabalho, no modelo híbrido, indo para a empresa inicialmente uma vez por semana e, atualmente, duas vezes na semana. Segundo ela, no presencial muitas demandas de clientes são resolvidas de forma mais rápida. Ela destacou que o ambiente acolhedor incentiva os profissionais a irem para o escritório. “O trabalho presencial é importante para a rotina do trabalho, de convívio, dá maior agilidade na demanda dos clientes. O ambiente de trabalho foi reformado para nosso retorno. Tem ambiente leve e dinâmico, a área de descanso para nós”, contou Letícia. |  Foto: Acervo pessoal

As empresas estão reduzindo o home office e voltando com o trabalho presencial em alguns setores da economia. No Estado, são cerca de 3 mil trabalhadores que vão voltar a estar na sede das empresas a partir deste ano.

Os dados são de Fernando Otávio Campos, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado (ABIH-ES), diretor de relações trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Guarapari (Sindicig) e empresário da construção civil e da hotelaria.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho apontam 160 mil trabalhadores na indústria e 68 mil na construção. Segundo Campos, pouco mais de 30 mil desses trabalhadores atuam em home office e 10% estão encaminhados para voltar ao presencial.

A Petrobras, por exemplo, anunciou que vai ampliar o trabalho presencial para funcionários com funções gerenciais a partir deste mês, e estes profissionais deverão comparecer ao escritório ao menos três dias por semana.

“Existe uma tendência mundial de volta ao trabalho presencial, provocada por diversos fatores como produtividade, segurança cibernética e segurança de informações da empresa. No Brasil, vem acontecendo em alguns setores, mas não acontece de forma generalizada”, explicou Fernando Otávio Campos.

A diretora da Center RH, Eliana Machado, destacou que há essa tendência de redução de trabalho em home office. “A redução se dá por conta da forma que foi implantado em muitas empresas, por conta da pandemia. Elas estão revendo melhor e analisando que a produtividade e desempenho caíram em muitas situações”, comentou.

Muitos gestores acreditam que a proximidade física melhora a comunicação, fortalece a cultura organizacional e aumenta a produtividade, segundo a psicóloga da Design Gente, Maria Rita Sales Régis. “Alguns setores enfrentaram desafios com o trabalho remoto, como dificuldades em gerenciar equipes e garantir o cumprimento de prazos”.

O CEO da Heach RH, Elcio Teixeira, explicou que algumas empresas não se adaptaram ao home office, seja por uma questão de estrutura ou de tipo de produto, por exemplo.

“Algumas indústrias demandam o presencial, mas basicamente assim, porque estar no home office implica em ter uma cultura preparada para o home office. Não só estrutura física de trabalho, mas estrutura de mentalidade, de entender que, mesmo estando no remoto, ela está produzindo”, enfatizou.

Algumas áreas mantêm teletrabalho

Há setores em que não tem como voltar do trabalho home office para o presencial. Áreas que exigem pouca interação e usam tecnologia de trabalho remoto podem permanecer ou já “nascer” no home office, com alta produtividade.

Alguns exemplos são setores de tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento, e também em atividades nas quais os trabalhadores atuam em plantões aos fins de semana, por exemplo, segundo os especialistas.

A psicóloga da Design Gente, Maria Rita Sales Régis, explicou que profissões ligadas à tecnologia da informação (TI), marketing digital, design gráfico e atendimento ao cliente remoto são exemplos de setores onde o retorno ao presencial é menos provável.

“Nessas áreas, o trabalho pode ser realizado com a mesma eficiência (ou até mais) de forma remota, com o uso de ferramentas digitais que facilitam a comunicação e a colaboração”, disse a psicóloga.

Alguns segmentos, desde a pandemia, tiveram muito êxito com o home office e têm a possibilidade de se manterem em trabalho remoto, segundo a diretora da Center RH, Eliana Machado.

“Telemarketing, telemedicina, prestadores de serviços, consultorias, por exemplo, conseguem trabalhar tranquilamente de forma remota. Aqui, por exemplo, temos processos totalmente virtuais”.

Pesquisas, como o relatório publicado pela consultoria Deel, mostraram que os setores que mais contratam em trabalho remoto globalmente são de tecnologia e comunicação, como engenheiros, desenvolvedores de software e marketing.


Saiba mais

Legislação sobre mudanças no formato de trabalho

Primeiramente, deve ser analisado se a contratação desse empregado era, anteriormente, em regime de trabalho presencial e se houve migração para home office, ou se a contratação já se deu nessa última modalidade.

Se a contratação era presencial, havendo mudança e o empregador quer o retorno para presencial, deve acontecer comunicação com prazo de 15 dias de antecedência ao retorno ao trabalho presencial.

É importante que o empregado tenha conhecimento sobre o que está disposto na sua convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Isso porque esse documento pode conferir mais direitos que a própria lei trabalhista. Existem convenções que disciplinam, por exemplo, que se o horário de trabalho presencial afetar os estudos do empregado, é obrigação do empregador fazer a alteração para melhor horário, de acordo com o turno escolar do colaborador.

Vantagens do home office

1- Maior liberdade profissional: poder expandir os conhecimentos profissionais na direção que desejar, sem ficar enquadrado somente nas habilidades que o trabalho requisita.

2- Maior independência: é só acordar e ir para o trabalho no quarto ao lado. A depender da empresa e formato de gerenciamento do trabalho, é possível fazer o próprio horário, tirar uma soneca depois do almoço e outras regalias impensáveis no escritório convencional.

3- Redução do estresse decorrente do trânsito: E nem pegar o carro, ouvir buzinas, encarar filas, procurar estacionamento, fazer baliza, correr o risco de acidentes e de ser multado.

4- Economia para colaborador e empresa: é uma das principais vantagens do home office citada por colaboradores e empresas. Muitas organizações apontaram como benefício do trabalho remoto a redução no custo de manutenção do prédio. Ao mesmo tempo, os colaboradores economizam nos gastos com o deslocamento diário, seja em transporte privado ou coletivo, e, também, na alimentação.

5- Proximidade da família: é outro ponto positivo. O home office proporciona maior facilidade para dar um abraço no filho e brincar com ele, por exemplo.

Desvantagens do home office

1- Perda da privacidade pessoal: ter a família perto pode ser bom em alguns pontos, mas também ruim em outros. Ser chamado a todo instante para assuntos familiares no meio do trabalho não é legal.

2- Possibilidade de excesso de carga de trabalho: como o trabalho é no mesmo lugar que o trabalhador vive, há o perigo de misturar as coisas e estar com a cabeça sempre no serviço ou na casa.

3- Indefinição de horários de trabalho e lazer, se não houver planejamento e disciplina: e não conseguir separar o momento de curtir com a família do momento de se concentrar nas obrigações do trabalho.

4- Tendência ao isolamento social (para quem mora só): não haverá aquela conversa com os amigos do trabalho, a troca de ideias, falar como está a vida e dar boas risadas com as coisas do dia a dia.

5- Ambiente de trabalho confinado (anti-social): Não há interação pessoal, olho no olho, comunicação corporal, o que pode transmitir mais informações que uma conversa ao telefone ou via plataformas de vídeos.

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