Tendência de mercado: como é a influência na mente do consumidor
Uso da Inteligência Artificial é cada vez mais comum
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O uso da Inteligência Artificial (IA) para a personalização de ofertas no marketing digital exerce influências diferentes sobre os consumidores que têm mais ou menos conhecimento sobre a tecnologia.
Os algoritmos da IA podem reconhecer padrões de consumo de conteúdo dos usuários, nas redes sociais, enviando mais daquilo que eles demonstram interesse.
Essa dinâmica cria a sensação de que aquele conteúdo foi produzido especificamente para aquela pessoa, ou para o subgrupo que ela representa, conforme o professor livre-docente da Unifesp, sócio do Instituto Locomotiva, neurocientista e futurista Álvaro Machado Dias.
“O conteúdo personalizado tende a produzir uma resposta empática muito maior do que se fosse um conteúdo generalista”, diferenciou.
Como o princípio universal do comportamento humano é o da identificação com o semelhante, ele analisa que as pessoas menos treinadas no assunto, que não conseguem perceber que determinada interação está acontecendo com chatbot (robô que interage como se fosse humano), em certo sentido estão sendo iludidas.
Embora os consumidores estejam acostumados a pensar na segmentação do ponto de vista das redes sociais, ele lembrou que muitos websites seguem essa mesma lógica, de modo que a versão que um consumidor acessa do site não é a mesma que o outro vê, porque depende das preferências de cada um.
Para o especialista em comportamento humano Raphael Ruffo, o consumidor precisa ter consciência de que pode ser uma máquina do lado de lá. “É preciso controlar impulsos e avaliar as reais necessidades de compra”, ponderou.
A IA impacta positivamente na experiência do consumidor, tornando-a mais personalizada, eficiente e adaptada às necessidades individuais, ao mesmo tempo que proporciona maior segurança e confiabilidade nas transações, analisa o especialista em Inteligência Artificial e professor da Faesa Howard Cruz Roatti.
“Penso e já aparece”
A analista de RH Daniela da Costa, de 31 anos, contou que percebe no seu dia a dia como os algoritmos de Inteligência Artificial personalizam as ofertas de acordo com o que ela busca.
Ela costuma brincar que tem que “tampar os ouvidos do celular” para falar qualquer coisa próximo ao aparelho. “Antes de ter filho não aparecia nada de coisa de criança. Agora, às vezes, estou pensando e começam a aparecer ofertas de produtos. E só aparece coisa de criança”, ressaltou.
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Difícil diferenciar
Com os sistemas de processamento de linguagem natural em constante evolução é cada vez mais difícil distinguir uma pessoa de uma máquina, tanto na linguagem escrita como na falada. Soma-se a isso, o fato de IA generativa ser capaz de criar novos conhecimentos.
Empatia
A Inteligência Artificial tem mais influência sobre o consumidor que não sabe diferenciar se é uma máquina ou uma pessoa que está do outro lado. Para o futurista Álvaro Machado Dias. aquelas pessoas que não conseguem perceber que determinada interação está acontecendo com chatbot, em certo sentido estão sendo iludidas.
Praticidade
Se por um lado o consumidor tem mais eficiência e personalização ao seu dispor, por outro, precisa estar mais atento ao que realmente precisa.
Fonte: pesquisa AT e especialistas consultados na reportagem.
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