Tecnologia da China para enfrentar falta de mão de obra no ES
Falta de mão de obra é um dos principais desafios para a construção civil no Espírito Santo
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A falta de mão de obra permanece sendo um problema para a construção civil no Espírito Santo, mas a tecnologia chinesa está na mira do setor nesta semana para minimizar a questão.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-ES), Douglas Vaz, viajou para a China para organizar, junto a outros empresários brasileiros, a Missão Internacional Shanghai 2025, “uma experiência de imersão tecnológica e de negócios no mercado chinês de engenharia”. Com parada também em Dubai e nos Emirados Árabes.
Um dos objetivos é trazer soluções tecnológicas que possam ser usadas pelas empresas no Estado como substitutas ao esforço físico.
“É trazer tecnologia que venha substituir cada vez mais a necessidade do homem fazer o trabalho manualmente”, afirma o vice-presidente do Sinduscon-ES, Leandro Lorenzon.
O envelhecimento da população, a falta de interesse dos mais jovens pelo trabalho na construção civil e os benefícios sociais são apontados como os motivos para a baixa oferta de mão de obra.
O cenário, segundo o vice-presidente da entidade, deve gerar impactos na inflação do setor.
“O jovem, com alternativas mais rentáveis e de menos esforço, não tem mais ambição pela construção civil, prejudicando a reposição. Isso, de alguma forma, vai refletir no custo da mão de obra e, por consequência, no preço dos imóveis”, explica.
As tecnologias serão utilizadas na industrialização do setor. A ideia é que, nos próximos anos, as empresas passem a trabalhar com canteiros otimizados e itens pré-fabricados, ou seja, com produção da construção fora do canteiro.
Para operar as novas tecnologias, no entanto, será necessário um processo de formação de profissionais capacitados, um dilema para o setor.
Ou seja, mesmo que equipamentos e novos modos de produção reduzam a necessidade de mão de obra, ainda assim será necessário que o mercado se organize para formar empregados aptos a operar essas novas soluções.
“Se for falar de impressora 3D, por exemplo, eu tenho que ter a impressora para treinar o cara para usá-la. Mas, enquanto isso, outras funções menores também vão ocorrendo”, diz Lorenzon.
Preço dos lançamentos não para de subir no Estado
A valorização do metro quadrado em Vitória foi a maior entre os municípios da região metropolitana, segundo dados das edições de 2023 e 2024 do Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-ES).
No período, o preço do metro quadrado na capital — considerando a média dos preços dos modelos de um, dois, três e quatro quartos — avançou 23,51%.
Considerando os modelos de alto padrão, Vitória também se destacou na valorização do preço do terreno. No comparativo entre os dois anos, houve um aumento de 31,96% no preço do metro quadrado, chegando a custar R$ 21.114 os imóveis novos com quatro quartos ou mais neste ano, contra R$ 16 mil em 2023.
Em Vila Velha, o avanço entre os dois últimos anos foi mais tímido, de apenas 5,55% nos de alto padrão e 11,95% quando considerada a média de preços de todos os tipos de apartamento.
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