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Economia

Salário mínimo de R$ 1.302 pode ser revisado até 1º de maio, diz ministro

Mudança dependerá de decisão de grupo de trabalho


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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmou nesta quarta-feira, 18, que o atual salário mínimo de R$ 1.302 valerá pelo menos até maio, quando um novo aumento pode ser confirmado a partir das deliberações do grupo de trabalho interministerial criado nesta quarta para formular uma política de valorização do piso salarial.

Questionado se a promessa de R$ 1.320 será anunciada de fato no Dia do Trabalhador, o ministro não se comprometeu com valores.

"O salário mínimo de R$ 1.302 está em vigor e poderá ser revisado até o dia 1º de maio, mas o valor dependerá do debate do GT", afirmou Marinho, após cerimônia no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as centrais sindicais, que pedem um aumento maior, de R$ 1.343.

Leia Mais: Governo discute novo aumento do salário mínimo para R$ 1.320

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Provocado se não seria ruim para o atual governo manter pelos próximos meses o salário mínimo instituído pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Marinho respondeu que o governo anterior esperava uma inflação maior que a de fato realizada em 2022. "Se fosse Bolsonaro agora, certamente o salário mínimo não seria de R$ 1.302, mas sim de R$ 1.280 considerando a inflação menor", argumentou.

Marinho repetiu ainda que o GT deverá reincorporar a variação do Produto Interno Bruto (PIB) como métrica para a valorização real do salário mínimo. Em governos anteriores do PT, a correção além da inflação correspondia ao crescimento do PIB de dois anos antes. "O GT de salário mínimo levará em consideração a situação da economia do País", completou o ministro.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o gasto anual do governo para aumentar o salário mínimo de R$ 1.302,00 para R$ 1.320,00 em 2023 chegaria a R$ 7,016 bilhões, se fosse aplicado a partir de janeiro.

O valor considera a estimativa oficial do Ministério da Fazenda enviada ao Broadcast de que cada R$ 1 de aumento no piso das remunerações tem custo bruto de R$ 389,8 milhões ao ano nas despesas do Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência).

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