X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Previsão de “colapso da Previdência” em 5 anos

Essa é a avaliação de economistas diante da dificuldade de ampliar a arrecadação, do rombo nas contas públicas e da alta do mercado informal


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Previsão de “colapso da Previdência” em 5 anos
Previdência Social: rombo vai tornar necessária a reforma até no máximo 2035 |  Foto: Divulgação

Economistas estão preocupados com a possibilidade de que um “colapso da Previdência”, com atrasos em pagamentos de aposentadorias, possa ocorrer em até cinco anos no País, caso o rombo fiscal não seja sanado em breve.

A preocupação surge após dados do Tesouro Nacional mostrarem um rombo nas contas do governo federal de mais de R$ 104 bilhões nos primeiros oito meses do ano.

Além disso, a tendência é de que os gastos sigam, com uma série de concursos e investimentos sendo planejados pelo governo federal em paralelo a uma falta de perspectiva no aumento na arrecadação.

No início do mês, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou a defender a aprovação de projetos enviados pela equipe econômica ao Congresso, para que o governo consiga aumentar a arrecadação.

Um outro problema é quanto aos precatórios. O ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, chegou a classificar a decisão da gestão Bolsonaro de adiar o pagamento para 2027 como uma “pedalada” e elogiou a decisão do governo atual de tentar resolver logo a situação.

O economista José Márcio de Barros diz que já se arrecada menos do que se está gastando com o pagamento das aposentadorias.

“Há cada vez mais aposentados e menos gente no mercado de trabalho, e para piorar, o mercado informal segue muito grande, e ainda não há uma tendência de regularização dessas pessoas. Você poderia ter uma nova fonte de receita, mas nunca se fez nada para retirar essas pessoas da irregularidade”.

O economista Marcelo Loyola Fraga diz que, para que não haja risco de antecipar uma nova reforma previdenciária, prevista para 2035, o governo precisa equilibrar suas contas. “Se não houver trabalho para equilibrar as contas, poderemos ver um colapso nos próximos 5, 6 ou 7 anos. O planejamento foi bem feito na época, mas a execução, hoje, é preocupante”.

Apesar de reconhecer o risco do colapso, o economista Ricardo Paixão se diz confiante de que o governo irá equilibrar a situação. “Não se trata de parar de realizar investimentos, mas sim de obter equilíbrio que garanta que não haja problemas no futuro”.

Procurado, o INSS não se manifestou até o fechamento da edição.

O QUE DIZEM OS ECONOMISTAS:

Imagem ilustrativa da imagem Previsão de “colapso da Previdência” em 5 anos
José Márcio |  Foto: Arquivo/AT

“Há cada vez mais aposentados e menos gente no mercado de trabalho. A informalidade segue grande, e não há tendência de regularização. Você poderia ter uma nova fonte de receita, mas nunca se fez nada para retirar essas pessoas da irregularidade”. - José Márcio

Imagem ilustrativa da imagem Previsão de “colapso da Previdência” em 5 anos
Ricardo Paixão |  Foto: Arquivo/AT


“Há o risco do colapso, mas também existe a confiança de que seja realizado um bom trabalho para equilibrar a situação. Não se trata de parar de realizar investimentos, mas sim de obter equilíbrio que garanta que não haja problemas no futuro”. - Ricardo Paixão

Imagem ilustrativa da imagem Previsão de “colapso da Previdência” em 5 anos
Marcelo Loyola |  Foto: Arquivo/AT

“Se não houver um trabalho para equilibrar as contas públicas, evitando a antecipação de uma nova reforma, poderemos ver um colapso nos próximos cinco anos. O planejamento foi bem feito na época, mas a execução, hoje, é preocupante”. - Marcelo Loyola

SAIBA MAIS

Possíveis reduções de gasto

- Com servidores, via reforma

- Os gastos com servidores do governo federal estão estimados em R$ 380 bilhões em 2024, ou 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). É a segunda maior despesa primária do governo, perdendo apenas para a Previdência Social (R$ 913 bilhões, ou 8% do PIB).

- Em 2020, a equipe econômica chefiada por Paulo Guedes propôs uma reforma administrativa, com mudanças em leis, somente para futuros servidores, propondo o fim do regime jurídico único da União, com possibilidade de outras formas de vínculo, e o término dos chamados “penduricalhos”.

- A estimativa, naquele momento, era de uma economia de R$ 300 bilhões de gastos em dez anos. O advogado-geral da União do governo Lula, Jorge Messias, avaliou que a proposta de Bolsonaro é um “lixo”.

- Já a atual equipe econômica defendeu a regulamentação da lei que trata dos “supersalários” no serviço público e citou mudanças nas regras de concursos públicos. Não foi feita estimativa de economia com essas medidas.

Previdenciário, via reforma

- Números divulgados em abril deste ano pelo governo federal mostram que o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende trabalhadores do setor privado, deve mais que dobrar até 2060 e quadruplicar até 2100.

- Há especialistas, como o economista e pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP), Paulo Tafner, que projetam que o rombo previdenciário tornará necessária uma reforma nos próximos anos, até no máximo em 2035. A última foi realizada em 2019.
com programas sociais

- Estudo do economista Gabriel Leal de Barros, da Ryo Asset, aponta a necessidade de promover uma fusão de políticas sociais diante da execução fracionada de diversos programas como o Auxílio Brasil, Auxílio Gás, Auxílio reclusão, Farmácia Popular, salário-maternidade, entre outros.

- Segundo cálculos de Barros, o redesenho dos programas sociais pode promover uma economia fiscal de R$ 200 bilhões em dez anos.

Fontes: Especialistas citados na reportagem

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: