Presidente da Petrobras anuncia investimento bilionário no Estado
Jean Paul Prates veio ao Estado e anunciou um total de R$ 22 bi em exploração e produção, além de dois parques de energia dos ventos
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O Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou ontem que a estatal vai investir R$ 22 bilhões no Estado pelos próximos 4 anos em atividades de exploração e produção de petróleo e gás. Anunciou ainda que, no longo prazo, haverá investimento em dois parques eólicos, ou seja, da energia do vento, no Estado.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa no evento para comemorar os 15 anos de exploração do pré-sal, realizado na sede da estatal em Vitória. “A extração do primeiro óleo foi aqui, o que traz o Estado para a frente na visão do investidor.”
“Como efeito prático, essa atividade passou a gerar empregos, a criar expectativa de formação técnica, além de ser inspiração para jovens de outras localidades que querem vir trabalhar aqui”, disse.
Uma das atividades incluídas no investimento em exploração e produção é a do navio-plataforma Maria Quitéria, programado para entrar em operação em 2025.
Sobre a possibilidade de um novo navio-plataforma no Estado, os representantes da Petrobras assumiram que “há estudos” a respeito.
“Podemos dizer que temos estudos, que estão ‘amarelando’ ou ‘esverdeando’, mas não podemos garantir que um projeto será implementado antes dele passar por um ‘portão de aprovação’, porque há variantes. É prematuro dizer qualquer outra coisa por enquanto”, disse, em meio a sorrisos, o diretor de Exploração e Produção da estatal, Joelson Mendes.
Os representantes da estatal também destacaram a atuação da empresa para iniciar a retomada da indústria naval brasileira, na intenção de induzir os principais fabricantes mundiais de navios a investir nas estruturas brasileiras.
“Estamos vivendo no País um momento de descomissionamento, e criamos uma forma de fazer isso privilegiando a indústria nacional. Temos muita coisa entrando e saindo. A expectativa é que os estaleiros fiquem lotados nos próximos anos”, afirmou Mendes.
Já sobre a transição energética, Prates pediu calma, e citou que se trata de um projeto de longo prazo e ainda citou o cantor Raul Seixas.
“A transição energética de uma empresa de petróleo é como uma metamorfose ambulante. Tentamos manter o que somos, mas fazendo modificações também. No caso do parque eólico, é meio que um ‘playmobil’ para nós, já que a produção de petróleo é mais complexa. Mas fazemos no nosso tempo”.
Saiba mais
No Parque das Baleias
- A plataforma Maria Quitéria tem previsão de iniciar as operações em 2024 no Projeto Integrado Parque das Baleias, a ser instalado no Campo de Jubarte, localizado no Norte da Bacia de Campos.
- Em fevereiro, foram assinados os contratos com as empresas Yin son Bergenia Production B.V. e Yin son Bergênia Serviços de Operação, ambas do grupo da Yinson Production PTE, para afretamento e prestação de serviços do FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de óleo e gás ) .
- A previsão é de que o Maria Quitéria inicie a produção no quarto trimestre de 2024. O navio plataforma terá capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo e 5 milhões de m de gás por dia.
- Projeto prevê ainda a interligação de 17 poços ao FPSO, sendo 9 produtores de óleo e 8 injetores de água.
- Os contratos de afretamento e de serviços terão duração de 22 anos e 6 meses, a contados a partir da aceitação final da unidade.
- Especialistas dizem que a plataforma permitirá a criação de cerca de 500 empregos diretos e 2 mil indiretos, com salários que variam entre R$ 3 mil e R$ 30 mil.
Fonte: Pesquisa AT.
Reabilitação de alvos da Lava a Jato
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou que a estatal está “reabilitando” a maior parte das empresas que foram alvos da Operação Lava a Jato, processo que ele classificou como “distorcido e enviesado”. A intenção é que essas empresas voltem a atuar com a Petrobras em breve.
“Claro que elas estão passando por todos os critérios de governança e uma série de exigências, mas estamos reabilitando as empresas e seus estaleiros para que voltem a atuar com a Petrobras.”
Ele disse que já houve oportunidade para punições e que, se essas empresa tem ativos, devem ser reabilitadas seguido um critério da razoabilidade.
“Pagou sua pena de alguma forma, e aí é uma questão de justiça, não me cabe estar julgando se é certo ou errado. Foi dada oportunidade de punir quem tivesse de ser punido, passou do ponto inclusive”.
Ele ainda valorizou o descomissionamento com um serviço importante para gerar regularidade da manutenção de empregos nos estaleiro. “Descomissionamento não é algo pequeno ou passageiro. Nem toda construção será feita aqui, mas o que pudermos fazer, aquilo que a gente é bom, a gente fará aqui”, salientou.
Pico da exploração do pré-sal só daqui a 10 anos
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, destacou que o pico de exploração de pré-sal ainda não foi alcançado, e que isso ainda demorará cerca de 10 anos para ocorrer.
Porém, ele afirmou que será possível postergar ainda mais esse pico, destacando que o País seria outro economicamente se o Pré-Sal não tivesse existido.
“Temos feito muitos estudos de reservatório nas áreas já descobertas, e o pico de produção deve ser daqui a mais ou menos 10 anos, mas, com os estudos que estamos fazendo e os projetos que buscamos aprovar, isso pode se prolongar e chegar a 15 anos”, afirmou.
“Não queremos nos limitar ao pré-sal, mas ele seguirá significando muito pelos próximos anos. Sem o advento do Pré-sal, nossa produção seria muito inferior a hoje. O País seria outro, dos impostos e empregos gerais, o Brasil seria outro lugar se não tivesse pré-sal”, completou.
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