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Economia

Espera por aeronave montada no Espírito Santo chega a dois anos

Novo modelo só estará disponível em 2025, mas já tem fila de interessados. Produção ocorre em Jaguaré, na região Norte capixaba


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Imagem ilustrativa da imagem Espera por aeronave montada no Espírito Santo chega a dois anos
Aviões do modelo Sling HW vão custar de R$ 876 mil a R$ 1,4 milhões e terão de dois a quatro lugares |  Foto: Divulgação/Sling Brasil

Pouco mais de um ano desde a inauguração, a única montadora de aviões do Espírito Santo, a Sling Brasil, já tem data de lançamento da próxima aeronave. O novo modelo, chamado Sling HW, só estará disponível no final de 2025, mas já tem fila de espera.

Filial de uma multinacional de Joanesburgo, na África do Sul, a empresa monta os aviões em Jaguaré e tem prazo de entrega que varia de oito meses a um ano. As aeronaves são monomotores de dois e quatro lugares, com preço mínimo de R$ 876 mil e máximo de R$ 1,4 milhão.

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José Braz Nali, diretor-geral da montadora, revela quem costuma comprar as aeronaves. “Pilotos privados que usam sua aeronave para pequenas viagens, para turismo, lazer, e eventualmente, trabalho. Além disso, escolas de aviação civil e pessoas que querem ter aeronave própria”, cita o executivo.

Segundo Edimar Zanelato, gerente de produção, os modelos têm bastante saída, são fortes no mercado brasileiro e ocupam uma fatia generosa dos dados nacionais. “A categoria de aeronaves montadas pela Sling representa 25% de toda a frota brasileira de aeronaves”.

Foram investidos R$ 10 milhões para a criação da fábrica, que possui área de 112 mil metros quadrados, um aeródromo próprio, além de área de testes e de montagem, e uma pista para pousos e decolagens.

A estimativa de produção para este ano é de 10 aeronaves, com expectativa de aumentar a produção em cinco aeronaves por ano. Até 2026, a montadora espera entregar 20 aviões.

Em novembro do ano passado, a Sling conseguiu a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizando a montagem do modelo no País.

O executivo destacou que não só os aviões trazem investimentos para o município e o Estado, mas a presença de um aeródromo na cidade também irá promover a canalização de outras demandas.

“A grande dificuldade do empresário é chegar e sair. Ele quer condições mínimas para se instalar, já que tempo é moeda. Então a própria pista, por si só vai abrir um leque de possibilidades e atrair novos empreendimentos”.

Espírito Santo
O Estado é o único do País a ter uma filial da empresa sul-africana. A empresa está presente em mais de 12 países, com mais de 540 aeronaves comercializadas.

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Painel de comandos do Sling HW |  Foto: Divulgação/Sling Brasil

Análise

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Luiz Fernando Braga, coordenador do Comitê Técnico de Aeronaves do Sindiex |  Foto: Acervo pessoal

“Procura é grande e fabricantes não conseguem atender”

“O mercado capixaba somou, em compra de aeronaves, no ano passado, R$ 2,5 bilhões. Para este ano, a tendência é de crescimento.

Nossa perspectiva é que o número do ano passado seja superado até o fim de 2023, dependendo das entregas e antecipações por parte das empresas fabricantes.

A procura por aeronaves está grande e os principais fabricantes não conseguem atender a demanda – não só Brasil, mas a nível mundial.

Como nosso País é um importante mercado no setor, também estamos sofrendo com esses atrasos, com muitas entregas previstas para 2024 e 2025, especialmente dos modelos novos e lançamentos.

O agronegócio é o setor que mais procura as aeronaves no Brasil, mas hoje também registramos procura por parte de grandes empresários no segmento executivo, podendo citar setores como engenharia, metalurgia e siderurgia.”

GM e Ford sofrem com greve

Os trabalhadores ligados ao sindicato United Auto Workers (UAW) — que representa trabalhadores da indústria automotiva — disseram que vão retomar as negociações diante do espalhamento dos efeitos da greve e das tensões que se acirram com as montadoras.

A Ford informou que precisou realizar um layoff (suspensão de contrato temporário) de 600 trabalhadores por conta de um efeito indireto da greve nos departamentos de pintura e montagem final.

Já a General Motors disse para 2 mil trabalhadores de uma fábrica de automóveis no Kansas que a instalação provavelmente será fechada na próxima semana por falta de peças, decorrente da paralisação em outra operação próxima.

Segundo a Ford, a produção da fábrica está “altamente interligada” e os trabalhadores em greve “impactaram diretamente as operações em outras partes da instalação”.

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