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Economia

Para proteção do café capixaba, Seguro Rural pagou mais de R$ 10 milhões

Seguro Rural pagou mais de R$ 10 milhões em indenizações e teve faturamento de R$ 59 milhões, números que têm avançado no Estado


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Imagem ilustrativa da imagem Para proteção do café capixaba, Seguro Rural pagou mais de R$ 10 milhões
Setor Cafeeiro: Espírito Santo exportou cerca de 3,8 milhões de sacas de conilon, sendo 3,5 milhões cru em grãos |  Foto: Canva

A exportação do café desempenha um papel essencial na economia capixaba e na geração de emprego e renda. Para manter o equilíbrio econômico envolvendo a exportação do produto, o mercado segurador oferece uma série de soluções que ajudam o produtor rural na garantia da safra e na proteção financeira.

Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), em conjunto com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), mostrou que no primeiro semestre de 2024, no Espírito Santo, o Seguro Rural pagou mais de R$ 10 milhões em indenizações e teve faturamento de quase R$ 59 milhões, avanços de 17% e 33%, respectivamente, se comparado com o mesmo período de 2023.

Desde o ano passado, o setor cafeeiro passou a liderar as exportações do agronegócio capixaba, impulsionado pelo café conilon (que representa quase a totalidade do café produzido na região), que mais que triplicou o volume de sacas exportadas no último ano.

Para efeito de comparação, só entre janeiro e junho deste ano, o Espírito Santo exportou cerca de 3,8 milhões de sacas de café conilon, sendo 3,5 milhões de café cru em grãos e 296,5 mil sacas equivalentes em café solúvel.

Além disso, foram comercializadas 258,5 mil sacas de arábica, totalizando quatro milhões de sacas de café no primeiro semestre. O total arrecadado com a entrada de moeda estrangeira no País pelo complexo cafeeiro no período foi de US$ 863,6 milhões (55,6%).

O presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, Glaucio Toyama, explica que nos últimos três anos o plantio de café no Estado foi fortemente impactado por diversos fenômenos climáticos adversos. “A estiagem é o principal problema dos cafeicultores. Isso porque, apesar de ter uma parte relevante de café irrigado, a seca prolongada apresenta potencial risco para lavouras, pois pode impactar a irrigação e, por consequência, a produtividade”, explica.

Ainda segundo Toyama, “o Seguro Rural é uma ferramenta importantíssima para o plantio de café, oferecendo proteção financeira aos produtores contra uma série de riscos que podem afetar a produção e a rentabilidade da safra”.

Apólice que cobre os riscos no transporte do grão

O seguro embarcador internacional, que faturou R$ 25 milhões no primeiro semestre de 2024 (+40,9%), é uma apólice que cobre esses riscos durante o transporte do café.

Ele oferece uma garantia de que o exportador será indenizado em caso de algum problema, como avarias nas mercadorias, extravio, ou outros eventos que possam comprometer a entrega do café ao comprador no exterior.

O seguro embarcador ajuda a mitigar os riscos financeiros, garantindo que o exportador não sofra grandes perdas caso aconteça algo durante o transporte internacional. Outra forma de garantir a segurança financeira na exportação do grão é por meio do Seguro Crédito à Exportação, que oferece uma garantia de que o exportador será indenizado caso o comprador estrangeiro não cumpra com suas obrigações financeiras, seja por insolvência, atraso no pagamento ou outros motivos.

Somente no primeiro semestre, no Espírito Santo, este produto arrecadou mais de R$ 3,6 milhões e pagou cerca de R$ 944 mil.

O setor cafeeiro no Espírito Santo, fundamental para a economia local, enfrenta uma série de desafios, desde riscos climáticos até problemas logísticos na exportação. Nesse contexto, as seguradoras se destacam como aliadas dos produtores e exportadores, oferecendo proteção financeira.

O Seguro Rural, o Seguro Embarcador Internacional e o Seguro Crédito à Exportação desempenham papéis estratégicos ao mitigar os impactos de adversidades, garantindo a estabilidade econômica e o crescimento contínuo da exportação de café.

Esses mecanismos de segurança fortalecem a confiança do setor e asseguram a sustentabilidade da cadeia produtiva, do plantio à entrega internacional do “ouro negro” brasileiro.

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem o setor, reunidas em suas quatro Federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap).

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