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Economia

Jovens rejeitam concurso e sonham com grande empresa

Levantamento mostra desejos profissionais em várias idades. Até 29 anos, maior desejo é a iniciativa privada e abrir a própria empresa


Imagem ilustrativa da imagem Jovens rejeitam concurso e sonham com grande empresa
Carteira de trabalho assinada por uma grande empresa é o principal objetivo dos jovens com até 29 anos |  Foto: Divulgação

A preferência dos jovens no mercado de trabalho é a iniciativa privada, de preferência em uma grande empresa, com carteira assinada, buscando um bom salário e benefícios.

Uma pesquisa feita pela Universidade Vila Velha (UVV) a pedido do jornal A Tribuna mostra este comportamento em jovens de até 29 anos de idade, com rejeição aos concursos públicos.

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Além disso, outra parte dos entrevistados disseram que preferem ter uma grande ideia, colocá-la em prática e criar a própria empresa, buscando o máximo de sucesso.

O coordenador da pesquisa e professor da UVV Fabrício Azevedo, destacou que a inquietude, no sentido positivo, tem feito com que os jovens busquem oportunidades cada vez maiores e dessa forma consigam remuneração maior também.

“Acredito que a ideia da busca pela iniciativa privada é a condição de terem expectativa e possibilidade de crescimento na empresa. Poder atuar em vários setores dentro da organização, e não ficar restrito apenas a uma atividade ou a um setor”, explicou.

Para os jovens, ser contratado por uma grande empresa é a caracterização de um êxito, segundo o mentor de carreiras Elias Gomes. “É natural serem contratados por uma grande empresa, que representam de alguma forma, salário, ascensão, bons benefícios, carreira, treinamentos, e é momento mesmo para eles terem como alvo essas oportunidades”, disse.

A grande maioria desses jovens estão na geração Z, de até 26 anos, e outra pequena parte na geração Y. Segundo o especialista em Recursos Humanos e CEO da Heach, Elcio Paulo Teixeira, a questão geracional diz muito a respeito da velocidade de crescimento que esses profissionais querem ter nas suas carreiras.

“Por outro lado, tem a questão da empresa se preparar com estratégias para reter esses jovens, porque se não tiver uma política de crescimento e evolução profissional acabam perdendo esses jovens para outras empresas”.


Propósito e saúde mental, prioridades dos que tem até 29

O levantamento mostra que 41,8% disseram que é mais importante trabalhar por um propósito, buscar algo que possa mudar a vida das pessoas e, quem sabe, da sociedade.

Segundo o coordenador da pesquisa e professor da UVV Fabrício Azevedo, os profissionais hoje buscam empresas que se preocupem mais com o ser humano em si do que, necessariamente, com a lucratividade.

“Os jovens procuram fazer o bem para outra pessoa, ajudar e auxiliar no processo de dificuldades da sociedade de uma forma geral e das pessoas do que, necessariamente, apenas com um ganho financeiro”, disse.

O mentor de carreiras Elias Gomes destacou que trabalhar com o propósito, que tem a ver com a mudança na vida das pessoas, de transformação e tem sido cada vez mais frequente esse tipo de pensamento.

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Elias Gomes: transformação |  Foto: Divulgação

E também disse que os jovens observam se a empresa tem aspectos a exemplo da diversidade e das pessoas de um modo geral, e do meio ambiente.


Iniciativa privada

Benefícios e bom salário

Imagem ilustrativa da imagem Jovens rejeitam concurso e sonham com grande empresa
|  Foto: Divulgação

Atuando hoje como mecânico de manutenção, Vinicios Mathielo, de 22 anos, está há cinco anos na ArcelorMittal, sendo um como estagiário e quatro após ser efetivado.

Ele disse que os atrativos para trabalhar na empresa são as chances de crescimento, os vários benefícios e o bom salário.

“Sempre temos oportunidade de crescimento, para quem quer estudar, como eu, que estou finalizando a faculdade de Administração. Também tenho a intenção de fazer pós-graduação, e a empresa valoriza isso, com oportunidade de assumir novos cargos. Mas sempre tem exigência para que siga estudando”, afirmou.

O jovem disse também que a empresa tem o chamado “reconhecimento”, e que foi um dos premiados no último ano, inclusive com uma presença surpresa da família.


Imóvel supera viagens em consumo

Casa própria supera viagens e carro próprio e é o grande objetivo de consumo, revelou a pesquisa. Mais de 64% dos entrevistados optou por moradia.

A questão da casa própria, como a forma de consumo, representa uma preocupação com relação à composição patrimonial, segundo o coordenador da pesquisa e professor da UVV Fabrício Azevedo.

“Acredito que a possibilidade de estar realizando um investimento em algo que eles possam lá na frente compor patrimônio. O jovem entende que as questões econômicas estão afetando muito o País”, disse.

O resultado da pesquisa mostrou que as incertezas com relação ao futuro não trazem medo para o jovem, mas essas incertezas fazem com que eles busquem um posicionamento um pouco mais sólido com relação aos seus investimentos e aplicações, priorizando um bem como casa própria do que viagens, por exemplo, afirmou o coordenador.

“Então essa preocupação faz com que eles busquem o imóvel como uma oportunidade de investimento para o futuro. E aí tirar disso benefícios com relação a esse investimento. E não necessariamente só consumir recursos ou coisas que talvez não gerem para esses jovens algum retorno futuro”, destacou.


Os resultados da pesquisa

Jovens de até 29 anos

1- O que você prefere para seu futuro profissional?

52,6%: Trabalhar na iniciativa privada, de preferência em uma grande empresa, com carteira assinada, buscando um bom salário e benefícios.
37,2%: Ter uma grande ideia, colocá-la em prática e criar minha própria empresa, buscando o máximo de sucesso.
10,2%: Disputar um concurso público, estudando e me preparando para ter estabilidade empregatícia.

2- Para você, o que é mais importante?

41,8%: Trabalhar por um propósito, buscar algo que possa mudar a vida das pessoas e, quem sabe, da sociedade.
40,3%: Trabalhar em um local que respeite minha saúde mental e me dê benefícios, folgas e possibilidade de atuar em home office ou de forma híbrida.
17,9%: Trabalhar e crescer profissionalmente, buscando provar meu valor para uma empresa em busca de ascensão profissional.

3- Qual seu objetivo de consumo maior entre os itens abaixo?

64,3%: Casa própria.
17,9%: Carro próprio.
17,9%: Passar um tempo viajando pelo mundo.

4- Você já se prepara e estuda para se adaptar às mudanças que a tecnologia tende a provocar nas profissões?

55,1%: Não.
44,9%: Sim.

5- Você teme essas mudanças, tem receio de que haja menos oportunidades de trabalho?

65,8%: Não.
34,2%: Sim.

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