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Economia

Jovem perde R$ 64 mil no golpe do investimento

Bandidos prometeram lucros com investimento em moedas digitais e chegaram a ter acesso remoto ao celular da vítima para roubar valor


Imagem ilustrativa da imagem Jovem perde R$ 64 mil no golpe do investimento
Jovem mostra o boletim de ocorrência que registrou na polícia: “Soube de outras pessoas que foram vítimas” |  Foto: Leone Iglesias/AT

Uma jovem foi vítima de golpistas e perdeu R$ 64 mil ao fazer um falso investimento por meio do telefone celular. 

A vítima é uma bacharel em Direito de 28 anos, moradora da Praia da Costa, em Vila Velha, que viu um anúncio sobre aplicação em criptomoedas no perfil de uma amiga em uma rede social. Segundo a vítima, porém, a rede social da amiga havia sido invadida pelos criminosos com o falso anúncio.

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Ela disse que entrou em contato com o perfil marcado na publicação acreditando se tratar de algo seguro. Ela conversou com uma suposta investidora, que foi a primeira intermediadora da fraude e solicitou, inicialmente, um pagamento de R$ 5 mil, e na sequência outro de R$ 3 mil, ambos efetuados.

“Na publicação, havia uma conversa com a suposta investidora. Nunca havia falado com ela antes, mas acreditei, naquele momento que era confiável”, explicou a vítima, que, após os pagamentos, passou a demonstrar insegurança. 

A golpista, então, passou contato de um suposto técnico da Bolsa de Valores, que passou a dar os comandos para ela por meio de ligações e mensagens por aplicativo. “Conseguiram me manipular. Esse suposto técnico aparentava ter grande conhecimento de tecnologia, de Bolsa de Valores mesmo.” 

O golpista informou que, para conseguir o retorno do investimento, a vítima deveria zerar um conta bancária, com o objetivo de que a Bolsa de Valores identificasse e permitisse o depósito do valor do retorno do investimento. 

Ela usou uma conta bancária em que havia R$ 50 mil. “Pediram que eu instalasse o AnyDesk (aplicativo de acesso remoto a dispositivos), e depois  para fazer simulações. Quando vi, meu dinheiro não estava mais na conta e havia sido transferido. As transferências foram divididas  para contas diferentes.” 

Além dos R$ 50 mil e dos dois depósitos de R$ 8, os criminosos utilizam o aplicativo da vítima e fizeram R$ 6 mil em empréstimos, totalizando  prejuízo de R$ 64 mil.

Ela tentou reaver o dinheiro, e os criminosos solicitaram o pagamento de dois boletos, de R$ 6.162, e que para continuar o procedimento  deveria pedir  empréstimo de R$ 49 mil. A vítima não concordou, e os golpistas a bloquearam.

O advogado do consumidor Sérgio Nielsen disse que é possível obter a devolução dos valores em golpes, mas que isso depende das circunstâncias   de cada caso: “É válido destacar que existe uma fragilidade por parte dos serviços bancários virtuais. Vai depender do caso e do entendimento do Juizado.”

ENTREVISTA:

“Precisei de psiquiatra e remédios”, Bacharel em Direito vítima de golpe

A bacharel em Direito contou que o sentimento é de revolta, e diz que as instituições bancárias envolvidas - a da vítima e as utilizadas pelos criminosos para as transferências - estão omissas.

> A Tribuna – Pode contar como aconteceu?

Vítima – Na rede social vi o anúncio de investimento em criptomoedas no perfil de uma amiga e não sabia que tinha sido hackeado. Entrei em contato com o perfil marcado na publicação. 

> Em que momento percebeu que se tratava de um golpe?

Desconfiei quando me pediram para instalar o AnyDesk, e eu já sabia como funcionava esse aplicativo, mas o golpista tinha uma fala muito segura e me manipulou. Além das transferências, fizeram empréstimos que totalizaram R$ 64 mil.

> Qual o sentimento de ter sido vítima de um golpe?

No primeiro momento fiquei com muita raiva, e depois bateu uma tristeza enorme. Tive de buscar psiquiatra, passei a tomar alguns remédios. O sentimento é de revolta. Essa é a palavra. Um prejuízo enorme. E o pior de tudo que nós saímos como culpados, mas não somos culpados e sim vítimas. 

> Está buscando seus direitos para tentar reaver o valor?

Sim. Fiz o boletim unificado, busquei um advogado e entrei em contato com as instituições, todas virtuais, mas todas estão omissas. Não me deram nenhuma assistência. 

Delegado diz que casos de perdas são constantes

Golpes semelhantes ao sofrido pela jovem ocorrem constantemente na Grande Vitória, de acordo com  o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade.

Segundo ele, não há dados específicos para os golpes virtuais, pois são registrados unicamente como estelionato. Brenno  dá algumas dicas para evitar cair no golpe.

“A primeira dica é a verificação em duas etapas. Assim, mesmo com acesso às mensagens do celular, o golpista vai precisar de outra senha. Não utilize a opção de receber a autenticação por SMS. De preferência, utilize aplicativos de autenticação de dois fatores como Google Autenticator ou Microsoft Autenticator”, explicou.

O delegado também orienta que a primeira coisa a fazer é desconfiar. Outra dica  é fazer  chamada de áudio ou vídeo para confirmar a identidade do dono do perfil.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclarece que “os sistemas e aplicativos dos bancos são seguros e contam com o uso de tecnologias avançadas de proteção. “Não há registro de violação da segurança desses aplicativos”.

Fique atento!

Dicas para evitar cair em golpes

> Para se proteger, nunca passe seus dados bancários, como senha, conta e cartões em redes sociais.

> É preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário.

> Faça a verificação em duas etapas. De preferência, utilize aplicativos de autenticação de dois fatores como Google Autenticator ou Microsoft Autenticator.

> É preciso desconfiar sempre desses anúncios de supostos investimentos.

> Ao ver uma publicação dessa entre em contato com o dono do perfil, por ligação, de preferência.

> Sempre pesquise sobre a empresa com a qual quer fazer negócios em sites de reclamação e confira o CNPJ da mesma.

> Nunca faça transações em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador nem transferências para contas de pessoas físicas.

Fonte: Febraban e Polícia Civil.

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