Indicada ao Oscar dada como morta
Possivelmente, Fernanda Montenegro foi vítima de fraude
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Aos 94 anos, a atriz Fernanda Montenegro, indicada ao Oscar em 1999 pela atuação no filme “Central do Brasil”, está em uma batalha judicial contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O órgão federal “decretou” a morte da atriz em 2019 e deixou de pagar os benefícios aos quais ela tinha direito. A briga teve início em 2022, quando a atriz ingressou na Justiça. Segundo os autos do processo, o INSS suspendeu, sem aviso ou justificativa, os pagamentos para Fernanda em agosto de 2019.
Com o fechamento das agências bancárias, por causa da pandemia de Covid-19, a atriz se viu impedida de realizar a chamada “prova de vida” da beneficiária, exigida para a continuidade dos depósitos.
Por isso, o INSS acabou suspendendo os pagamentos e decretou que ela estava “morta”. Ela, então, precisou ingressar na Justiça.
De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no Jornal O Globo, após mais de um ano, ela conseguiu uma vitória na Justiça.
O INSS foi condenado a pagar os valores retroativos que estavam em débito com Fernanda, que superam R$ 334 mil.
Além disso, a defesa dela também entrou com uma ação de danos morais pedindo cerca de R$ 30 mil. Contudo a Justiça reduziu a punição a R$ 10 mil .
Porém, mesmo com a decisão da Justiça, a atriz ainda não recebeu nada. Apesar de estar aposentada, Fernanda tem direito à pensão por morte do marido, o ator e diretor Fernando Torres, de acordo com a legislação brasileira.
Na ação de danos morais contra o INSS, a defesa alega que, possivelmente, Fernanda Montenegro foi vítima de fraude. A atriz parou de receber o benefício após seus dados no sistema virtual serem alterados, como o e-mail para acessar.
Ao tentar regularizar, em 2022, a situação da atriz piorou após recuperar seu acesso. Na época, Fernanda percebeu que os benefícios estavam sendo depositados e sacados por outra pessoa. “Resta evidenciado que a autora, desde agosto de 2019, vem sendo vítima de sucessivas fraudes praticadas por agentes não identificados junto ao INSS”, afirmou a defesa na ação.
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