Importação de aço pelo Brasil cresce e se torna um problema para a siderurgia
Situação preocupa ArcelorMittal, que investe em eletrodomésticos e veículos no Espírito Santo
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Em um contexto no qual as importações de aço pelo Brasil vêm crescendo, siderúrgicas do País pedem a prorrogação de medida de defesa comercial do governo federal que vence no próximo dia 31.
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A chegada de produtos acabados aumenta a preocupação. É justamente para eletrodomésticos, além de veículos, que se destina o investimento da ArcelorMittal no Espírito Santo, que soma uma cifra que alcança R$ 4 bilhões, em um Laminador de Tiras a Frio e uma linha de galvanização.
Essas estruturas são para tornar o aço preparado para o uso final pelas indústrias. A ArcelorMittal trabalha com o otimismo em relação à renovação da defesa do governo, pois, caso ela não seja mantida, há o risco de adiamento do projeto.
O empresário Lúcio Dalla Bernardina, diretor da Metalosa e ex-presidente do Sindicatos das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), concorda que os produtos chineses são muito baratos, o que prejudica a indústria brasileira, e também as siderúrgicas.
Ele defende negociação. “O Brasil é o maior exportador de minério de ferro para a China. Se houver imposição de taxas da nossa parte, eles também vão impor barreiras tarifárias, e isso pode atrapalhar o comércio nacional.”
Outros setores da economia capixaba estão de olho no aumento de produtos chineses no Brasil. Sidemar Acosta, presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação (Sindiex), disse que comércio exterior está atento:
“O cenário é preocupante, para algum lugar a carga de itens chineses precisa ir. Desde 2019, tivemos crescimento, principalmente, de importações de eletrodomésticos e eletrônicos da China.”
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