X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Golpe do FGTS: Investigação aponta participação de funcionários da Caixa

Mais de R$ 2 bilhões já teriam sido desviados. Segundo a PF, envolvidos alteravam dados de beneficiários do sistema do Caixa Tem


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Golpe do FGTS: Investigação aponta participação de funcionários da Caixa
Funcionários da Caixa envolvidos no crime alteravam os cadastros das vítimas no aplicativo Caixa Tem, segundo investigação da Polícia Federal |  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal descobriu um esquema bilionário que fraudava beneficiários de programas sociais e pessoas com direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao seguro-desemprego. De acordo com reportagem exibida no último domingo (20) no programa Fantástico, da Rede Globo, o golpe já desviou mais de R$ 2 bilhões do FGTS.

Conforme a reportagem, trata-se de uma fraude sofisticada, movida por mecanismos digitais e acessos oficiais. A quadrilha só conseguiu aplicar o golpe tantas vezes, e por tanto tempo, porque teria tido a ajuda de gente de dentro.

Segundo a investigação da PF, funcionários da Caixa repassavam dados sigilosos e fundamentais para que os criminosos invadissem o sistema do Caixa Tem. Teve servidor envolvido que foi além: sacou dinheiro pessoalmente na boca do caixa a mando do grupo.

De acordo com as investigações, para montar a fraude, os criminosos acessavam — em páginas ilegais na internet — milhares de CPFs e passavam a identificar quem tinha benefícios ativos. Esses dados eram repassados aos funcionários da Caixa envolvidos no crime, que alteravam os cadastros das vítimas no aplicativo Caixa Tem, substituindo os e-mails dos beneficiários por outros, controlados pela quadrilha.

Com isso, eles conseguiam gerar novas senhas e os criminosos passavam a ter controle total sobre as contas, fazendo transferências por Pix, pagando boletos ou sacando o dinheiro.

Como os valores dos benefícios não eram tão altos, para conseguir mais dinheiro, a quadrilha ficava sempre repetindo o golpe. Era preciso acessar o sistema do Caixa Tem centenas de vezes por dia. Para isso, usava um software que faz um computador funcionar como se fosse um celular — neste caso, muitos celulares —, o que permitia acessar e controlar muitas contas ao mesmo tempo.

Desde 2010, a Polícia Federal tem um serviço especializado no combate a esse tipo de crime. Na semana passada, os agentes fizeram uma nova operação em 14 cidades do Rio de Janeiro e apreenderam celulares e computadores. A PF diz que muitas quadrilhas praticam esse golpe em todo o País.

“A gente acredita que o fortalecimento dos setores de combate à fraude das instituições bancárias, notadamente da Caixa, é fundamental para isso. Esses setores conseguem, de maneira on-line, identificar as fraudes e as incorreções que estão sendo feitas nas agências", disse ao Fantástico o delegado da PF-RJ Pedro Bloomfield Gama Silva, que investiga o caso.

"Nós estamos implementando mais sistemas, tanto de biometria quanto de monitoramento via inteligência artificial também, para que faça um monitoramento preditivo das ações, para que se diminua e que a gente possa chegar ao menor número possível de fraudes”, disse Anderson Possa, vice-presidente de Logística, Operações e Segurança da Caixa.

Mesmo depois de desviar dinheiro de quem mais precisa, muitos criminosos seguem em liberdade. A Caixa afirma que os funcionários envolvidos no golpe foram demitidos. A polícia disse que eles e o restante da quadrilha estão respondendo em liberdade.

Quem sofre o golpe pode procurar uma agência da Caixa ou entrar em contato pelo telefone de atendimento ao consumidor: 0800 726 0101.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: