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Economia

Golpe do consignado faz 14 vítimas por dia no ES, alerta Procon

Criminosos operam como agentes de financeiras e autorizam o crédito. Dinheiro cai na conta, porém com parcelas e juros altos


O golpe do empréstimo consignado faz 14 vítimas por dia no Espírito Santo. O dinheiro, que pode ser solicitado por aposentados, pensionistas e funcionários públicos, é transferido para a conta de uma pessoa, que nem sempre percebe as movimentações feitas em seu nome.

Imagem ilustrativa da imagem Golpe do consignado faz 14 vítimas por dia no ES, alerta Procon
Delegado titular da Delegacia de Crimes de Defraudações e Falsificações, Douglas Vieira orienta vítimas do golpe |  Foto: Fábio Nunes/AT

Assim, até que perceba a fraude, o prejuízo pode ser muito alto. O titular da Delegacia de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), delegado Douglas Vieira, explicou como o golpe funciona.

É  assim: por telefone, agentes bancários que representam uma instituição informam que há um valor disponível, que lhe é de direito, referente à sua aposentadoria ou outro benefício do INSS. 

Dias depois, os idosos são surpreendidos com valores que variam de R$ 10 mil a R$ 40 mil em suas contas, que podem ser adicionados diretamente ou descontados na folha de pagamento. Para o delegado, o importante é não ter pressa para devolver o dinheiro e seguir à risca o protocolo pós golpe.

“Percebeu que tem um dinheiro indevido na conta? Deixe  lá, procure o Procon, registre um boletim de ocorrência e siga as orientações”. Vieira comenta que os golpistas são muito bem organizados e que tudo é feito para parecer correto.

“É importante desconfiar de ofertas muito atrativas, como de redução do consignado já contratado e não se deixar levar pelas aparências. Consulte a empresa antes de fechar qualquer negócio”, indica o delegado. 

Uma fonte que pediu para não ser identificada disse à reportagem do Jornal A Tribuna que percebeu que havia R$ 3.800  em sua conta. “Fui ao banco e descobri que o depósito tinha sido feito por um banco, fui ao Procon e então os golpistas disseram que teria que pagar R$ 200 para devolver o dinheiro”, relata.

Hoje, a idosa sabe que terá que investir tempo e dinheiro para resolver o problema. “Achei um grande desrespeito, meu sentimento foi de tristeza, mas espero que ninguém fique envergonhado e denuncie, assim como eu fiz”.

O Procon-ES  informou que o  indicado é fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil,  formalizar uma reclamação no Banco Central (através do telefone 145 ou pelo site da instituição), entrar em contato com o banco ou financeira e formalizar uma reclamação no Procon ou no Ministério Público.

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Projeto exige assinatura física em empréstimos

Projeto apresentado pelo senador Paulo Paim (PT) prevê a assinatura presencial de contratos de crédito consignado firmados por telefone ou pela internet por pessoas idosas. 

A intenção do PL , segundo o autor, é proteger o consumidor aposentado ou pensionista contra fraudes que possam reduzir o valor recebido mensalmente e assegurar que o contratante seja devidamente informado sobre o produto ou serviço que está contratando. 

O pagamento de empréstimo em consignação é descontado diretamente de benefício, conta ou folha de pagamento. 

Serão abrangidos pela regra contratos, serviços ou produtos na modalidade de consignação, como empréstimos, financiamentos, hipotecas, seguros, aplicações financeiras, investimentos e toda operação que possua natureza de crédito consignado. 

O projeto também define multa que pode variar de R$ 20 mil a 120 mil.


SAIBA MAIS

Imagem ilustrativa da imagem Golpe do consignado faz 14 vítimas por dia no ES, alerta Procon
Empréstimo de dinheiro: Procon alerta para golpes |  Foto: Canva

> Golpe do empréstimo consignado

- O golpe acontece quando os criminosos operam como agentes de financeiras e autorizam o crédito em nome da vítima. O dinheiro cai na conta do segurado, porém as parcelas com juros também.

- Para o golpista, a vantagem é ficar com as comissões que remuneram o agente de crédito e a instituição responsável por intermediar o empréstimo.

- Para o agente financeiro, que pode ser até um funcionário do banco, encaminhar a operação do crédito será preciso ter todos os dados pessoais e bancários da vítima.

> Sem autorização

O que fazer

- A vítima de crédito não solicitado deve primeiro conferir no banco ou instituição financeira na qual o empréstimo foi contraído o máximo de informações sobre data, valor e documentos de autorização.

- Entrar com um pedido de suspensão e cancelamento do valor e das parcelas. Registrar tudo em um protocolo de atendimento em canais oficiais da instituição.

- O segundo passo é fazer registro de boletim de ocorrência junto a uma delegacia de polícia ou mesmo em sites de delegacia on-line. Quanto mais documentos que comprovem a fraude, maiores as chances da investigação policial ter andamento.

- O terceiro passo é recorrer aos órgãos de defesa do consumidor para fazer a queixa e pedir orientação sobre como entrar com ações judiciais e solicitar ressarcimento e danos morais das instituições que permitiram a fraude.

Proteção

- Muito embora não tenha como se blindar contra o golpe, há algumas medidas que podem evitar que ele aconteça.

- Os golpistas costumam usar os dados pessoais e financeiros fornecidos pelas próprias vítimas em outra situação, por exemplo, preenchimento de cadastro em site falso ou ligação de falso atendente de algum serviço.

- Por isso é importante sempre desconfiar quando uma pessoa ou site solicitar dados excessivos. Outra dica é jamais fornecer número de cartão de crédito e senha, aliás, não forneça senhas a terceiros em nenhuma hipótese.

- Muitos documentos são falsificados facilmente, tais como RG, CPF, certidão de casamento e, até mesmo comprovantes de renda. Por isso, evite este tipo de problema e não disponibilize seus documentos para qualquer pessoa.

- Evite inserir quaisquer informações em sites suspeitos. Para isso, verifique sempre o domínio oficial da instituição, a URL da página que você acessou e confira as informações de rodapé, como razão social, CNPJ, endereço e outros.

Fonte: Serasa; Procon-ES; Gerson de Souza e outras fontes citadas na matéria.

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