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Economia

Falta ao trabalho por vício em álcool e jogo cresce e preocupa empresas

INSS tem pago mais benefícios nos últimos três anos a pessoas com doenças mentais, causadas por vícios em álcool, jogos e drogas


Imagem ilustrativa da imagem Falta ao trabalho por vício em álcool e jogo cresce e preocupa empresas
Transtorno do “jogo patológico”: ato recorrente de apostar em jogos de azar, apesar dos efeitos negativos |  Foto: Canva

O número de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pessoas com doenças mentais por vício em álcool e em jogos tem aumentado desde a pandemia de covid.

Em três anos, no território brasileiro, os casos chegaram a 37% para alcoolismo, e em 350%, referente ao vício em jogos.

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No ano passado, o INSS pagou 4.300 benefícios por alcoolismo, sendo 78% deles auxílios-doença. Em 2022, foram 3.600, o que significa uma alta de 19,5% em um ano.

O presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado (Consurt/Findes), Fernando Otávio Campos, fez um alerta às empresas.

“É preciso ter cuidado redobrado com doenças ocupacionais, como Burnout e depressão, que podem levar ao uso de drogas, álcool ou ao vício em jogos. Cuidar da saúde do trabalhador é uma medida necessária para manter a produtividade e para que a empresa tenha segurança jurídica”.

Os números relativos a pessoas viciadas em jogos estão em crescimento: eram 10 em 2021, subiram para 11 em 2022 e ampliaram para 36 casos no ano passado.

Entre os transtornos causados por vício, há o “jogo patológico”, que pode ser definido como o comportamento recorrente de apostar em jogos de azar, apesar das consequências negativas decorrentes desta atividade.

Segundo o Ministério da Saúde, a pessoa perde o domínio sobre o jogo, tornando-se incapaz de controlar o tempo e o dinheiro gastos, mesmo quando está perdendo.

O CEO da Heach RH, Elcio Teixeira, destaca que em torno de 35% das empresas no Estado fazem algum tipo de abordagem para cuidar da saúde psicológica de seus funcionários.

“Há empresas que têm programas ou parcerias, porque a saúde do funcionário se tornou prioridade. Quanto melhor ele estiver, melhor ele irá performar”, disse.

Flávio Rodrigues, gerente executivo de Saúde e Segurança do Sesi-ES, destaca que as empresas podem prevenir esses problemas por meio da implantação de campanhas de conscientização.

“Sempre orientamos sobre a importância de as empresas promoverem ações de orientação e sensibilização, oferecendo treinamentos e criando um ambiente de trabalho saudável e livre de preconceitos, além de implementar programas de saúde para acompanhamento e suporte aos colaboradores em tratamento”, destacou.

“Workaholics” com sintomas de dependentes químicos

Palpitações, nó na garganta, dores musculares, aperto no peito, problemas gastrointestinais e enxaqueca. Essa é uma lista de sintomas que podem acometer um dependente químico quando este tenta deixar o vício em drogas.

Exatamente o mesmo pode ser sofrido por pessoas extremamente conectadas ao trabalho, as chamadas “workaholics”, quando eles tentam descansar após o expediente, conforme aponta o psiquiatra Bruno Brandão.

“Do ponto de vista neurobiológico, não existe diferença entre o engenheiro que constrói um prédio em apenas um mês e uma pessoa que está na Cracolândia, fumando crack o dia inteiro”, compara Brandão.

A dependência do trabalho ao ponto de não conseguir descansar pós-saída do emprego é chamada de “síndrome do lazer”.

O termo foi criado pelo professor holandês Ad Vingerhoets, da Tilburg University, em 2002, após um estudo realizado com 1.893 pessoas apontar que 3% delas sentiram dor de cabeça ou enxaqueca, fadiga, dor muscular e náusea nos fins de semana ou nas férias.

O conceito, porém, não está listado na Classificação Internacional de Doenças (CID).

Você sabia

Quem primeiro abordou o fenômeno workaholic como um tema de estudo foi o psicólogo americano Wayne Oates, em 1968, num artigo intitulado “On being a workaholic”, no qual relatava sua própria experiência e, ao se comparar a um alcoólatra, dizia ser também um viciado, mas em trabalho.

Saiba mais 

Alcoolismo no Brasil

  • Uma análise feita a partir dos resultados de um inquérito nacional e de um teste da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 6 milhões de brasileiros, ou 4% da população adulta, têm um padrão que indica consumo perigoso de bebidas alcoólicas, com risco de dependência.

Maiores prevalências do risco foram encontradas entre esses grupos:

  • 6,6% dos homens (contra 1,7% de mulheres).
  • 6,9% entre 45 e 54 anos.
  • 6,8% moram nas regiões Centro-Oeste e Norte.
  • 4,7% de pessoas pretas e pardas.
  • No ano passado, o INSS pagou 4.300 benefícios por alcoolismo, sendo 78% deles auxílios-doença. Em 2022 foram 3.600, o que significa alta de 19,5%.

Jogo patológico

  • É um distúrbio psiquiátrico que se refere ao vício em jogar. O nome é dado porque o comportamento da pessoa é persistente e, apesar das consequências negativas que o ato pode trazer, ele é mantido. Nesse caso, o paciente se torna inapto para administrar o tempo e o dinheiro gastos.
  • O transtorno causa dependência semelhante à dependência química, como o vício em álcool e drogas, segundo especialistas em saúde.

As apostas esportivas foram regulamentadas no País em dezembro do ano passado Levantamento recente do DataFolha mostra que o público mais frequente é masculino e jovem:

  • 30% de jovens de 16 a 24 anos.
  • 25% entre 25 e 34 anos relataram já terem feito alguma aposta pela internet.

Vício em jogos

Os números relativos a pessoas viciadas em jogos de azar estão em crescimento:

  • 10 casos em 2021
  • 11 casos em 2022
  • 36 casos em 2023

Sem demissões

  • Especialistas afirmam que as empresas não podem demitir por justa causa os funcionários com vícios (em álcool, drogas e jogos de azar, por exemplo), já que a questão é tratada como uma doença, exigindo afastamento via INSS.

Patologias

  • No mês passado, o Ministério da Saúde incluiu 165 patologias na lista de doenças relacionadas ao trabalho por causar danos à integridade física ou mental do trabalhador.
  • Transtornos relacionados ao uso excessivo de álcool, drogas e outras substâncias estão na lista, que conta com 347 códigos de doenças.
  • Com as mudanças, o Poder Público deverá planejar medidas de assistência e vigilância para evitar essas doenças em locais de trabalho, possibilitando ambientes laborais mais seguros e saudáveis.
  • As alterações também dão respaldo para a fiscalização dos auditores fiscais do trabalho, favorecem o acesso a benefícios previdenciários e possibilitam mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas doenças elencadas pelo ministério.
  • A atualização leva em conta todas as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores formais e informais, que atuam no meio urbano ou rural.

Fonte: Ministério da Saúde e pesquisa AT.

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